Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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sexta-feira, dezembro 03, 2004

O provedor escreve

Joaquim Fidalgo, um dos melhores provedores que li (está no top 3!) juntou algumas das melhores crónicas e publicou-as em livro. Chama-se "Em Nome do Leitor"

(dica Jornalismo e Comunicação)
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Mais vale...

perder uma notícia na vida do que estragar uma vida por causa de uma notícia!
Este reacender do caso "Apito Dourado" veio mostrar quão frágil é o jornalismo quando faltam fontes e abundam os rumores.
Ontem a partir do almoço circularam nas redacções dezenas de informações, que apontariam para diversas notícias. Seriam quase todos boatos...
Resistir não é fácil, a tentação de avançar é grande. Até pela pressão exterior (a concorrência).
E a verdade é que não havia uma fonte disponível para confirmar ou desmentir a informação de uma forma global (a PJ, por exemplo).
Quando começaram a circular os nomes dos envolvidos, previa-se o pior. O que acabou por acontecer: a SIC avançou, a meio da tarde, com dois nomes de árbitros que - percebeu-se pouco depois - estavam a leste do caso. Podia ter ligado a cada um deles antes de avançar. Mas só o fez depois.
Que importa que tenha acertado em dois ou três se - mesmo involuntariamente - arrastou para o caso duas pessoas que nada tinham a ver?...
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Jornalistas e segredo de justiça

O advogado João Nabais defendeu recentemente "que os jornalistas devem ser responsabilizados criminalmente por violações do segredo de justiça ao mesmo nível de quem o viola directamente, ou seja, de quem tem contacto directo com os processos judiciais e veicula as informações para o exterior" (do Público).
Como é possível defender uma coisa destas?!
Até porque o advogado defende esta posição para tentar resolver um problema bem diferente: «existe hoje um sistema de "troca de favores" entre jornalistas e elementos do sistema judicial. Segundo João Nabais, há jornalistas que alinham em "campanhas", esquecendo o seu dever de informar com isenção, em troca de informações privilegiadas e a melhor forma de evitar este tipo de "transacções" é responsabilizar o jornalista pela violação do segredo de justiça
Não me custa admitir que isto seja verdade, mas a solução não passa certamente pela equiparação ao nível da responsabilização.
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Uma óptima decisão

José Mourinho não gostou que um jornalista, Joel Neto, publicasse um livro sobre si, pedindo para que fosse retirado do mercado e não pudesse ser reeditado.
O caso chegou a julgamento e ontem - revela o Correio da Manhã de hoje - a juíza pronunciou-se: "Conteve-se, assim, o Requerido [Joel Neto] dentro dos limites da sua actividade profissional de jornalista e escritor, agindo com objectividade e no contexto de uma imprensa livre, democrática e pluralista, ou seja, no exercício do direito (...) de liberdade de expressão e informação".
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A pronúncia das palavras

Os jornais levam mais a sério a grafia das palavras do que as rádios a sua pronúncia (falta às rádios dar um salto qualitativo). Que eu saiba nenhuma rádio possui o equivalente a uma equipa ou pelo menos um especialista em copy desk, para ir verificando o que se escreve (Daniel Ricardo, na Visão, por exemplo - na Visão escreve-se um bom português!).
E, contudo, o que dizemos é tão importante quanto o que escrevemos. Por outro lado, se a língua vai sendo refrescada por novas palavras (sobretudo neologismos), também na forma como as dizemos a questão se deve pôr.
Pretexto para esta lenga-lenga: um texto no Ciberduvidas sobre a forma como se deve dizer uma das palavras mais pronunciadas pelos portugueses dos tempos actuais: colesterol. Mas colesteról ou colésterol?
(um auxiliar precioso, este Ciberduvidas)
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