Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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terça-feira, março 13, 2007

ACT A melhor revista portuguesa...

é a Única!
Visto a esta distância, o aparecimento do Sol foi uma das coisas boas que aconteceram ao jornalismo português: há um novo jornal, com um balanço positivo, e serviu para melhorar, a vários níveis, o Expresso.
A Única está uma revista de excelência. Obviamente que não há ninguém que goste de tudo o lá vem, mas nota-se um cuidado muito grande no planeamento dos temas, a procura de assuntos que não sejam «requentados», uma abordagem diversificada e rica, uma agenda própria. A Única é, entre as várias revistas de informação que existem em Portugal, a melhor.

ACT a 15/03/07: a mais desabrida das cronistas portuguesas, Cidália, responde aos que a invectivaram nos comentários...
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O fim da Antena 3?

Repetidas vezes tenho escrito sobre este tema, sobretudo aqui, mas o tema ganha nova actualidade com o recente texto do provedor dos ouvintes da RDP. Claro que dou razão a José Nuno Martins («“Creio que, a breve trecho, dificilmente será defensável, na esfera pública, a sustentação do estipêndio dos fundos necessários para a manutenção de uma rádio que não tenha – como actualmente não parece ter – qualquer significado em termos de serviço público”, prossegue o Provedor do Ouvinte, alertando ainda para o facto de a “falta de uma identidade suficientemente caracterizadora e diferenciada” poder estar na base da quebra de audiências que a Antena 3 tem apresentado.» Meios e Publicidade/registo)ACT: o relatório na íntegra, aqui. Basicamente, não há diferenças significativas entre a Antena 3 e outras rádios para um público jovem (sim, eu sei que a horas minoritárias divulga músicas minoritárias).

Não há diferenças significativas, mas devia haver. A Antena 3 é necessária, mas não como rádio de playlist alinhada com as tendências principais da indústria discográfica, não como uma rádio que dedica um dia da semana à música portuguesa (para não estragar as audiências?) e que se tem vindo a transformar num supermercado de promoções/ofertas.

Gostaria que a Antena 3 fosse uma rádio com mais palavra, atenta aos novos valores da cultura/criatividade portuguesa (não só música, portanto, também o humor, a crónica, as artes em sentido geral), que arriscasse, que ousasse, que fosse mais inconformista, que aproveitasse as horas minoritárias com mais risco (neste sentido, a Antena 1 é uma rádio menos conformista do que a Antena 3). Gostaria que, desta forma, a Antena 3 fosse uma rádio de referência, mais perto da escola e da universidade, do primeiro emprego. Gostava que a Antena 3 continuasse.

PS - do que eu gosto na Antena 3: de Nuno Markl, de José Nunes, da Prova Oral, de ouvir os novos músicos portugueses, que - por vezes - só passam na Antena 3.
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