Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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terça-feira, dezembro 18, 2007

Quando o jornalismo é sinónimo de cobardia!

Havia, no passado, um princípio muito saudável no jornalismo: as opiniões, sobretudo as que implicam juizos de valor sobre terceiros, não podem ser anónimas. Infelizmente, por aquilo que vou percebendo, esse princípio tem vindo a perder-se e aparecem cada vez mais citações anónimas que põem em causa a dignidade dos visados. Hoje, no Correio da Manhã, pode ler-se o seguinte: «"Aqueles trabalhos nunca foram para o ar por falta de qualidade e além disso ele tem problemas psicológicos", refere fonte da estação» (ainda por cima alguém que a jornalista considera ser uma 'fonte da estação' e não um colega qualquer).
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Jornalismo, digamos, adverso...

«Deve ser caso único no mundo. Quando um atleta é apanhado num controlo de doping, diz-se normalmente que os testes realizados foram positivos. No caso do ciclista José Pecharromán, que representava o Benfica (foi despedido entretanto), o “Público” de hoje consegue bater vários recordes Guinness do eufemismo. Em título, escreve-se que Pecharromán “teve análise antidoping adversa” (“adversa”, repare-se) e, no lead, a adversidade é transformada num “teste de doping não negativo”. “Não negativo” é muito bom. Mas toda a gente sabe que, no futebol, o Benfica também tem estado a fazer uma época “não negativa”. E o próprio "Público" também já teve dias mais não negativos. No lead de uma notícia é hoje possível, por exemplo, encontrar a palavra "realisado"» (sublinhados, desnecessários, meus)
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