Das revistas, no consultório (I); porque hoje é Sábado!

Enquanto (des)esperava por uma consulta, ontem ao fim da tarde, aproveitei para pôr alguma leitura em dia.
Tinha guardado a Sábado de 6 de Dezembro, a que trazia o Opus Dei na capa, e foi uma surpresa excelente: reportagens muito bem documentadas, com testemunhos identificados e até fotografias relevantes, seja, por exemplo, no caso do Opus Dei seja o texto das mulheres skinheads.

A Sábado é provavelmente a revista portuguesa mais interessante - melhor do que a Visão? A Visão é diferente, mais «séria», mais preocupada, mais institucional (e tem as crónicas de Ricardo Araújo Pereira, que justificam o preço). São portanto duas revistas diferentes. Se só tivesse possibilidade de ler uma? Acho que gostava mais de ler a Sábado (embora haja um certo exagero em 'feit divers' e curiosidades), mas tinha de roubar a crónica de RAP...

PS - este número da Sábado é o que traz o conto inédito de Gonçalo M. Tavares, terminado por Miguel Esteves Cardoso.

Das revistas, no consultório (II): 80 páginas de pub

Tive também oportunidade de ver uma revista que saiu com o Público de sábado, chamada «Porto em revista». E fiquei impressionado!
Em qualquer circunstância ter quase 80 páginas de publicidade para 15 de texto seria insólito, mas no contexto actual de rarefacção publicitária é ainda mais fantástico.
Com algum exagero, pode dizer-se que este número da «Porto em Revista» teve mais publicidade do que o Público em meio ano...

A minha perplexidade é dupla: qual o interesse de anunciar numa revista que tem 80 páginas de publicidade? Mérito, obviamente, da editora (sendo que o director da revista é também o responsável pela publicidade).