ACT A leitura labial de Scolari
A Globo filmou Scolari durante o jogo com a Inglaterra e alguns especialistas em leitura labial traduziram o que disse, no banco, o seleccionador nacional.
O resultado é neutro, com a excepção da confirmação da fé de Scolari nos seus santos. Mas há, do meu ponto de vista, uma violação da deontologia profissional - porque a informação foi obtida por meios desleais.
No Brasil, curiosamente, dividem-se as opiniões. A Globo já tinha feito o mesmo com Parreira, que não gostou. A televisão pediu desculpa mas há quem entenda que «tudo que um homem público diz é notícia».
A TSF passou, pelo menos, uma vez essa gravação - e nesse sentido fez mal. E não vi o assunto referido em mais lado nenhum. Estranho...
PS - a gravação terá sido feita pelo programa Fantástico, não jornalístico. Mas o pedido de desculpas aconteceu no Jornal Nacional...
ACT a 6/7/06: Os argumentos do António Granado, não só por serem dele mas sobretudo pela convicção com que foram expostos, deixaram-me a pensar (!). Mas no final a reflexão serviu apenas para reforçar a ideia inicial: a utilização, por parte dos jornalistas, de informações recolhidas sem que os seus autores saibam é desleal. Num congresso partidário, um especialista em leitura labial pode «sacar» várias informações em primeira-mão, da mesma forma que uma câmara fotográfica ou de televisão pode, em certas circunstâncias, captar momentos que apanham desprevenidos os seus autores. Porque não? Para mim é fundamental que, a menos que haja um evidente interesse público, as informações jornalísticas sejam obtidas apenas por meios leais (o que significa que o protagonista tem de saber que pode estar a ser escutado/filmado/fotografado).
O resultado é neutro, com a excepção da confirmação da fé de Scolari nos seus santos. Mas há, do meu ponto de vista, uma violação da deontologia profissional - porque a informação foi obtida por meios desleais.
No Brasil, curiosamente, dividem-se as opiniões. A Globo já tinha feito o mesmo com Parreira, que não gostou. A televisão pediu desculpa mas há quem entenda que «tudo que um homem público diz é notícia».
A TSF passou, pelo menos, uma vez essa gravação - e nesse sentido fez mal. E não vi o assunto referido em mais lado nenhum. Estranho...
PS - a gravação terá sido feita pelo programa Fantástico, não jornalístico. Mas o pedido de desculpas aconteceu no Jornal Nacional...
ACT a 6/7/06: Os argumentos do António Granado, não só por serem dele mas sobretudo pela convicção com que foram expostos, deixaram-me a pensar (!). Mas no final a reflexão serviu apenas para reforçar a ideia inicial: a utilização, por parte dos jornalistas, de informações recolhidas sem que os seus autores saibam é desleal. Num congresso partidário, um especialista em leitura labial pode «sacar» várias informações em primeira-mão, da mesma forma que uma câmara fotográfica ou de televisão pode, em certas circunstâncias, captar momentos que apanham desprevenidos os seus autores. Porque não? Para mim é fundamental que, a menos que haja um evidente interesse público, as informações jornalísticas sejam obtidas apenas por meios leais (o que significa que o protagonista tem de saber que pode estar a ser escutado/filmado/fotografado).
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