O poder dos jornalistas - um caso pessoal
Entendo partilhar com os leitores desta página uma história tão insólita quanto curiosa (espero não estar enganado...)!
Há cerca de um mês tive de ir a Lisboa de avião, coisa que já não fazia há mais de meio ano (a crise...). No regresso ao Porto, antes do embarque no aeroporto de Lisboa, mandaram-me tirar os sapatos e o cinto, porque o "pórtico" apitava e os seguranças não tinham detectores de metais. Achei embaraçoso (um buraco na meia?), calcei-me e segui viagem. Nos dias seguintes falei com algumas pessoas, um ou outro jornalista da minha redacção, mas ninguém demonstrou muito entusiasmo.
Há duas semanas tive de voltar a Lisboa e só não me aconteceu a mesma coisa porque levava uns sapatos de borracha (era dos pregos na sola!); mas à minha frente um conhecido empresário teve de ficar em meias.
A semana passada achei que deveria fazer uma notícia com isto! Afinal a coisa é estranha porque no Porto é a PSP que faz o controlo (com os devidos aparelhos) e em Lisboa são seguranças privados.
Contactei a ANA, expliquei o que pretendia (que me explicassem a diferença de tratamento e se acham razoável mandar descalçar só porque os seguranças não têm os aparelhos...) e pediram-me uns dias. Na quarta-feira voltaram a contactar-me para me dizer que no dia seguinte haveria novidades. Esperei. No dia seguinte o portavoz da ANA disponibilizou-se a gravar, com esta novidade: naquele mesmo dia, a administração da ANA decidira comprar os aparelhos para os seguranças em Lisboa! E na sexta-feira a notícia passou na TSF (acompanhada de alguns depoimentos de utentes, recolhidos no aeroporto).
O caso é insólito e curioso, penso. E permite várias leituras sobre o poder dos jornalistas. Pelo menos os passageiros que deixarem de se descalçar em Lisboa podem agradecer-me!!!!
Há cerca de um mês tive de ir a Lisboa de avião, coisa que já não fazia há mais de meio ano (a crise...). No regresso ao Porto, antes do embarque no aeroporto de Lisboa, mandaram-me tirar os sapatos e o cinto, porque o "pórtico" apitava e os seguranças não tinham detectores de metais. Achei embaraçoso (um buraco na meia?), calcei-me e segui viagem. Nos dias seguintes falei com algumas pessoas, um ou outro jornalista da minha redacção, mas ninguém demonstrou muito entusiasmo.
Há duas semanas tive de voltar a Lisboa e só não me aconteceu a mesma coisa porque levava uns sapatos de borracha (era dos pregos na sola!); mas à minha frente um conhecido empresário teve de ficar em meias.
A semana passada achei que deveria fazer uma notícia com isto! Afinal a coisa é estranha porque no Porto é a PSP que faz o controlo (com os devidos aparelhos) e em Lisboa são seguranças privados.
Contactei a ANA, expliquei o que pretendia (que me explicassem a diferença de tratamento e se acham razoável mandar descalçar só porque os seguranças não têm os aparelhos...) e pediram-me uns dias. Na quarta-feira voltaram a contactar-me para me dizer que no dia seguinte haveria novidades. Esperei. No dia seguinte o portavoz da ANA disponibilizou-se a gravar, com esta novidade: naquele mesmo dia, a administração da ANA decidira comprar os aparelhos para os seguranças em Lisboa! E na sexta-feira a notícia passou na TSF (acompanhada de alguns depoimentos de utentes, recolhidos no aeroporto).
O caso é insólito e curioso, penso. E permite várias leituras sobre o poder dos jornalistas. Pelo menos os passageiros que deixarem de se descalçar em Lisboa podem agradecer-me!!!!
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