E por que não na rádio?

A Antena 1, por ser (teoricamente) uma rádio de serviço público, e a TSF, por ser uma rádio de notícias, poderiam ter um provedor.
Isto em complemento ao que disse Mário Mesquita, na terça-feira: "Pegando na sugestão de um dos comentadores da sessão, Carla Rodrigues Cardoso, para que a figura do provedor fosse alargada à televisão e à rádio, Mário Mesquita, ex-provedor do "DN", que se encontrava entre a audiência, sugeriu que esta fosse introduzida no canal 2, ideia que agradou a todos os oradores."

PS - "Provedores de Imprensa Defendem Cargo Idêntico para a Televisão" é o título; no texto: "A ideia de alargar a experiência dos provedores do leitor, na imprensa, à rádio e à televisão foi acolhida com agrado pelos provedores do PÚBLICO, "Diário de Notícias" e "Jornal de Notícias", que na terça-feira ao fim da tarde fizeram um balanço da sua actividade, por ocasião da apresentação em Lisboa do livro "Em Nome do Leitor - As colunas do provedor do PÚBLICO", de Joaquim Fidalgo, na Universidade Lusófona".

Um lead longe demais

"Depois da morte de dois pilotos em competição, entre eles Fabrizio Meori, o Dakar fica agora marcado por mais um acidente.
Dois motards belgas, que fizeram parte de uma equipa de assistência, mas que agora se limitavam a acompanhar a prova, foram atropelados mortalmente por um camião.
O acidente deu-se nos arredores da capital senegalesa, envolveu também dois automóveis e provocou, pelo menos, sete feridos, dois deles em estado grave".

A notícia - o que justifica que esta informação seja notícia, neste caso, na rádio - é a morte dos dois belgas. E, assim sendo, deveria estar na primeira frase.
Além disso, as duas ideias intercaladas no segundo parágrafo só servem para tornar a compreensão mais difícil.

Nem parece (n)o Público!

" Pitbull (*) É o Terceiro Reforço do Campeão"

"E a razão da alcunha também foi revelada: um técnico do clube já se tinha referido a Cláudio Mejolaro como "pitbull" pela garra demonstrada, mas foi o próprio a vincular definitivamente o apelido. Éder explica a razão. "No primeiro treino com o plantel sénior, depois de marcar o golo da vitória na meia-final da Taça S. Paulo de juniores, gritou no balneário: 'Cláudio não! Pitbull, o matador!'". A propósito, como não podia deixar de ser, Pitbull é inseparável do seu cão de raça "pitbull", "Pit", que foi uma oferta de uma adepta do Grémio."

Portanto, não é o nome do homem! Não pode ser Cláudio? A mim, como jornalista, ninguém me pode obrigar a chamar Pitbull a um jogador de futebol que se chama Cláudio. Na sua intimidade, ou no grupo de amigos, pode ser chamado como quiser, mas no jornalismo?



(*) Na versão on line aparece "Cláudio Pitbull"; no jornal é mesmo e só Pitbull!

35,6%, 30,6% e 24,2%

De acordo com a Marktest, a TSF passou 35,6% das notícias das quatro rádios nacionais(*) em 2004, a Antena 1 30,6% e a RR 24,2%.
Ou seja, pode falar-se em equilíbrio e de apostas na informação por parte das três rádios (a Comercial, por exemplo, 9,6%).
Só há uma diferença clara (10%) quando se analisa a duração dos conteúdos informativos: 44,6% do tempo dispendido a informar na rádio, no ano passado, foi da responsabilidade da TSF (35,9% na Antena 1 e 16% na RR - tem muitas notícias mas mais curtas...).


* a TSF não é, efectivamente, uma rádio nacional, devido à ausência de emissores em cerca de 1/3 do país; Em contrapartida, falta a RFM...