Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quinta-feira, agosto 03, 2006

(ACT) Mais sobre a presunção de inocência (novo caso)

No passado fim de semana os jornais portugueses (as televisões também?) noticiaram o caso de uma bebé de Guimarães que teria sido vítima de maus tratos.
E se neste caso houve respeito pela identificação da menor, precipitaram-se (alguns d)os jornais na atribuição das responsabilidades - a mãe ou, genericamente, um familiar.
Quando esta, ontem, pela primeira vez, falou, negou e apresentou uma versão diferente: «Mãe da bebé de Guimarães nega maus-tratos e exige desculpas», diz o JN. Ou «Afinal, tudo poderá não ter passado de alergia na pele. A mãe da bebé que foi internada quinta-feira, no Hospital de Guimarães, com suspeita de queimaduras, nega os maus tratos e garante que se trata de um problema dermatológico, alegadamente constatado numa reavaliação feita por médicos do hospital», explica o Correio da Manhã.
O que torna este caso um pouco diferente de outros é que os jornais tinham uma fonte em que confiaram (o hospital de Guimarães). E a fonte (continua a) responsabiliza(r) um familiar.
Mas, como mostram os últimos desenvolvimentos, alguma precaução e o cuidado com a preservação da inocência seriam bons conselheiros (independentemente de quem vier a ter razão).

Act a 4/8/06: Uma opinião, de Ferreira Fernandes, com que só posso concordar: «O meu diagnóstico: o hospital tem razão e a mãe também. O hospital porque, perante a hipótese verosímil de maus tratos, denunciou, como a lei o obriga e a moral ainda mais. A mãe, por lhe ter caído em cima um injusto labéu. Além do diagnóstico, tenho remédio: a discrição. Se todos (dos jornais aos vizinhos) fossemos menos apressados a condenar, a Justiça andava mais depressa e melhor
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Identificar de A a N

A propósito destas questões da identificação de menores, notável trabalho no JN de hoje, contando estórias dos 13 rapazes «que responderam pela morte de Gisberta»: 13 casos identificados de A a N (esta parte não está on line). O que demonstra - mais uma vez - que o nome nestes casos é o menos importante.
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Reactualização - mais vale tarde do que...

Vale a pena reactualizar este texto: uma vez que o JN se juntou ao Público na não identificação, e o próprio Correio da Manhã mudou a forma de identificar a bebé, o Diário de Notícias está sózinho na teimosia - acompanhado por esse paladino dos direitos dos mais fracos que é a Notícias Magazine...
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