Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quinta-feira, junho 29, 2006

ACT Três diários de economia!

A partir de amanhã há três diários de economia - o OJE (que raio de nome...) passa a ser distribuído aos assinantes de Lisboa.

Não há - creio - mercado publicitário para suportar três diários de economia. E alguma coisa, durante o próximo ano, vai ter de acontecer.

Desconheço o investimento real do novo jornal, mas sei que o Diário Económico se apresenta forte para o embate. Seria uma pena se o Jornal de Negócios (um dos três melhores jornais portugueses) fosse o sacrificado.

ACt a 30/6/06: Não há mercado publicitário nem, parece-me, mercado de assinaturas (mas esta questão não é tão relevante, uma vez que o jornal é oferecido e não custa nada recebê-lo) ou, mesmo, leitores suficientes.
A grande questão é que os custos do Jornal de Negócios, que é deficitário, são desproporcionados face aos do OJE (O Jornal Económico, já percebi...). Basta comparar as duas redacções. Oferecendo aos anunciantes uma tiragem maior do que a do Jornal de Negócios, o OJE vai mexer com a situação actual. O mercado tem a última palavra... (e a Cofina, já agora).
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O que distingue um jornalista de um adepto?

Ontem ouvi na rádio um dos muitos jornalistas que estão na Alemanha a fazer reportagem dizer isto (ia a conduzir, não posso garantir que tenha sido exactamente com estas palavras):
«(...) estamos aqui todos a remar para o mesmo lado, para levar a selecção ao título mundial».

É para isso que lá estão os jornalistas ou é para informar os seus, neste caso, ouvintes?
É para isso que lá estão os jornalistas ou é para exercer a sua função jornalística (muitas vezes, como se viu no último mundial, até são coisas incompatíveis)?
O que distingue um jornalista de um adepto? Apenas o facto de escrever, falar ou aparecer na televisão? Há adeptos que também escrevem, falam ou aparecem e não são jornalistas. Há-de haver mais alguma diferença...

Penso que está é uma questão nuclear no exercício jornalístico. E não são muitas as questões nucleares nesta actividade.
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