Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quinta-feira, dezembro 29, 2005

A escrita analógica e a escuta em hiperligação

Estou a preparar, em conjunto com Edgard Costa, um programa que pretende ser didáctico sobre a escuta de podcasts (o que fazer para...), a emitir numa das próximas semanas. Edgard escreveu a primeira versão do texto a pensar em ouvintes que o ouviriam no computador e encheu-o de referências visuais, como se o programa fosse o guião para um trabalho em conjunto; quando mo enviou, eu cortei essas referências visuais e ele atirou: ainda pensas na rádio tradicional, não encarnaste a rádio do futuro.
O que o Edgard quer dizer é que eu penso a escrita do programa em função de ouvintes que o escutem da forma tradicional, analógica; ele, em contrapartida, já incorpora a possibilidade da escuta funcionar em hiperligação.
Ou seja, estamos perante duas realidades diferentes e - penso - incompatíveis: o texto que ele me enviou é pesado, muito técnico, cheio de pormenores (a pensar na tal fusão com o computador); a versão que lhe devolvi é mais leve, independente, com menos "ruído".
Mas concordo com o podcaster brasileiro há muitos anos radicado em Portugal: o futuro está aí e, depois da turbulência provocada pela coexistência, há que pensar num novo tipo de escrita para a rádio.

PS - Não sei se este tema dirá pouco aos leitores deste blogue, mas estou certo que, sendo a primeira vez que abordo o tema, voltarei a ele num futuro mais ou menos próximo.
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(ainda) A escolha dos candidatos presidenciais

A escolha feita pela comunicação social de cinco (pré)candidatos presidenciais em detrimento de outros que estariam, à partida, nas mesmas condições, suscitou aqui dois textos e várias interrogações.
Ontem, no editorial do Público, Nuno Pacheco explica por que é que o seu jornal os excluiu:
"Nestas eleições presidenciais (...) as candidaturas que se apresentam como marginais ou alternativas ao sistema sofrem de uma extrema debilidade, a ponto de não apenas darem um retrato pouco recomendável do país como ainda serem capazes de reduzir à caricatura a tal cidadania que tanto invocam".

As dúvidas do blasfemo João Miranda fazem algum sentido.
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