Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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terça-feira, fevereiro 15, 2005

Tivemos debate!

Foi bom, o debate!
E foi bom porque teve interesse, animação q.b. e moderação jornalística.
Manteve as coisas boas do frente-a-frente da SIC e corrigiu os erros que ali se cometeram: teve menos jornalistas do que convidados! E os tempos foram geridos com bom senso.
Percebeu-se, por outro lado, que quem mandou no debate - como produto jornalístico (e nesse contexto o sorteio da primeira pergunta é uma aberração) - foram os jornalistas. E sem crises! Pelo contrário...
Confrontado com emergência de Jerónimo de Sousa, José Alberto Carvalho reagiu bem - e não era fácil!
Duas notas menos positivas:
- é apenas uma impressão, mas notei alguma irritação dos dois jornalistas quando Paulo Portas falava (mais interrupções, mais confronto);
- a evolução dos tempos, se era tão importante, devia ter sido mostrada mais vezes aos telespectadores;
Foi bom, o debate!

PS - os políticos trazem os quadros porque não conseguem/acreditam na capacidade de verbalizar ou porque acham que os portugueses não acreditam naquilo que dizem (só os Santana Lopes não se viram - culpa sua, dos quadros ou da realização)?
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Quando a experiência não chega!

Infelizmente para mim, sou do tempo em que um estagiário, recém formado numa escola de jornalismo, era olhado com desconfiança e, mesmo, gozado!
Hoje, tudo é diferente - para melhor, nesse aspecto - e os problemas são outros.
Com o tempo, o estudo, a formação superior e a investigação ganharam o seu lugar no jornalismo português e, mesmo, o respeito dos seus pares!
Vem isto a propósito de quê?
De algo que ouvi, por acaso na TSF, a um colaborador externo, que - em directo - terminou a sua intervenção com esta frase: "um bom dia para todos os ouvintes".
Instintivamente, a frase incomodou-me, mas depois fiquei a pensar porquê? Mais, sempre ouvi dizer que uma formulação dessas era errada e eu próprio também o repito. Mas assente em quê? É o recorrente confronto entre empirismo e ciência!
Tenho algumas hipóteses, mas não uma certeza: para evitar paternalismo? Por ser uma forma de invocação do ouvinte, o que não devemos fazer? Por ser redundante (porque é isso obviamente o que desejamos a todos os ouvintes e não precisamos de o dizer)? Ou por ser um estereótipo de linguagem, sempre negativo?
A experiência profissional leva-nos a recusar. Mas...
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Uma ideia muito interessante!

O problema não é tão grave na rádio como na televisão, mas é óbvio que os espaços publicitários representam um perigo para a conquista de "share" na rádio - então, se esses ecrãs são prolongados, como acontece, por exemplo na TSF...
Neste contexto merece uma referência a ideia da Rádio Renascença* de "obrigar" os ouvintes a manterem-se ligados durante o tempo do intervalo publicitário. Como? Colocando, imediatamente antes, uma pergunta, cuja resposta aparece imediatamente depois (do género "Trivial Pursuit").
E é interessante porque - já me aconteceu diversas vezes - nos leva a ficar à espera dessa resposta: se não sei, fico a saber; se acho que sei, tenho de confirmar.
É uma ideia que devia ser seguida (e nem sei se é uma criação original da RR), devidamente adaptada ao perfil de cada rádio - neste aspecto, a própria Renascença tem de trabalhar melhor: hoje, por exemplo, antes das 9.30, perguntavam pelo nome de um pintor cubista chamado George Braque (as perguntas poderiam ser mais úteis e próximas da realidade, evitando-se os virtuosos conhecimentos enciclopédicos).

* Não começou agora, mas o critério de novidade não é exlusivo neste blogue...
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