Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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segunda-feira, maio 22, 2006

O Expresso, as primeiras páginas e a arrogância

Henrique Monteiro dá uma entrevista ao Jornal de Negócios em que diz, nomeadamente:
- «Não é por ter um director a dizer que o Expresso é imbatível que passa a ser imbatível (...) Esse é um estilo de discurso que contribui para uma imagem de arrogância do Expresso»;
- «O ano de 2005 foi mau para o Expresso desse ponto de vista [credibilidade]. Muitos desmentidos e muitas confusões. Todos os jornais se enganam. Mas faz parte de uma postura não arrogante, quando uma pessoa se engana, pedir desculpa. Nós já o fizemos em relação ao discurso de Cavaco. (...) Tornou-se demasiado fácil dizer que o Expresso tinha muitos desmentidos. É preciso combater isso. Ainda ontem [segunda-feira passada] na reunião com a redacção estive a fazer esse apelo. É preciso que cada jornalista tenha isso muito presente».
- «Estamos a fazer mudanças gráficas com o objectivo de tornar o jornal mais aberto. Acho que o Expresso tem um ar um pouco arrogante e um pouco pedante. De facto, não é (...)».
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(ACT x 3) As velhas e recorrentes pressões que suavizam a coisa

Act a 30/5: «para Ribeiro Cristóvão esta referência é "claramente" intimidatória para o trabalho dos jornalistas. O responsável da Renascença vai mais longe e realça que esteve em Saltilho no "pós-1976 onde as relações sempre foram muito difíceis, mas a FPF nunca se arrogou ao direito de cassar * as acreditações". Também Miguel Barroso, subdirector de informação da RTP estranha esta nota, que pontua de "ilegal" por violar "uma série de leis, nomeadamente a Constituição e o acesso às fontes".» (DN de hoje)
*Tonar nulo ou sem efeito; anular; fazer cessar, proibindo (Dicionário da Academia das Ciências, vol1, 727)

Act a 26/5: «Hoje fiquei a saber que o treinador da selecção nacional deu uma entrevista ao seu assessor de imprensa privado para distribuir umas tiradas aos jornalistas. Nem os mais criativos assessores do governo se lembraram de um método tão eficaz para quem se julga a cima do escrutínio jornalístico. Já Imaginaram José Sócrates a dar uma entrevista a Luís Bernardo para depois a distribuir pelas redacções?». Assim?

ACt a 25/5: Ouvi esta tarde o assessor de imprensa da Selecção Nacional (o ex-futuro-jornalista Afonso Melo), em directo, na conferência de imprensa, dizer que determinada pergunta, feita por um jornalista a Nuno Gomes, não é admissível (tinha a ver com uma questão marginal ao futebol, mas ligada ao estágio - os filmes piratas que terá levado para Évora). Que Nuno Gomes dissesse que não queria responder, tudo bem; que não os deixem, sequer, responder, não é aceitável. Ninguém protestou...


«A Assessoria de Imprensa da Selecção Nacional - Clube Portugal, como responsável pela emissão das acreditações para o estágio a realizar em Évora, reserva-se o direito de retirar a acreditação a qualquer membro da Comunicação Social que não respeite o espírito de cooperação e saudável relacionamento de trabalho que presidiu à elaboração desta regulamentação»
(dica Contrafactos)
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