Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Por uma afirmação da identidade própria da rádio

A necessidade da rádio (de quem nela trabalha...) afirmar a sua própria identidade não é (apenas...) uma questão de orgulho. O exemplo seguinte mostra como uma dependência (ainda que inconsciente) de rotinas produtivas da imprensa é um mau serviço aos ouvintes de rádio.

Já todos ouvimos dizer que a PT subiu 2,35 por cento ou que as acções da Sonae SGPS caíram um e meio por cento.
Mesmo que, a seguir, se diga "uma queda de um meio por cento para os três euros", quanto é que, afinal, caiu a Sonae?

A utilização das percentagens na informação radiofónica é muito útil quando se trata de números grandes, que é preciso relativizar. Neste caso, não. Subiu ou desceu três ou 15 cêntimos é que informação útil. Aos ouvintes com interesse na bolsa, mais do que comentarem que determinada acção caiu 2,37 por cento, interessa quando é que perderam/ganharam por papel.

Ou seja, para concluir: a utilização de percentagens relativamente à cotação de acções é um apêndice da imprensa (e das agências), absolutamente desnecessário. E como são os jornalistas especializados destes órgãos de comunicação social que marcam a agenda relativamente à rádio, a sua mimetização é, além de mais fácil, algo que "fica bem"...

O ouvinte, esse, precisa, depois, de consultar os jornais ou a internet para perceber quanto é que, afinal, 1,54 por cento significa na sua conta-corrente!
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Pudor?

Um insulto, por si só e sem contexto, não merece ser valorizado. Mas quando a notícia é o protesto de uma população contra determinado governante (mesmo Presidente da República), mandar retirar os insultos de uma reportagem é uma forma - do meu ponto de vista - de reescrever a história. Os jornalistas não podem fazer isso e, sobretudo, não têm esse direito!
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