Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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segunda-feira, janeiro 08, 2007

ACT Depois do erro a correcção?

Se há uns dias apontei aquilo que me pareceu um erro grave num texto do Público sobre uma falsa adopção, registo agora aquilo que me parece ser uma correcção perfeitamente justificada:

«Continua preso militar que "adoptou" menina
O tribunal deixou claro que não há fundamento para a adopção
(...) É quando se refere ao casal como "os pais adoptivos" que a juíza presidente do colectivo faz questão em fazer um "parênteses" no julgamento para clarificar o que ali está em causa."Não há adopção, não há confiança judicial"(...). "Pais adoptivos?", interroga, rindo. E com um ar sempre determinado, explica: neste caso, "não há adopção, não há confiança judicial". Quer a magistrada dizer que o casal era candidato a adoptante, recebeu a criança à margem do processo que deve ser seguido legalmente e que, apesar de ter começado a formalizar a situação, esta não está resolvida, pelo que não existe. Assim, não se pode falar em "pais adoptivos". (...)».
(Publico, sábado, 6/1/07; pág 10)

ACT a 10/1/07 - para não ter de abrir um texto propositadamente, aproveito o embalo para criticar algo que já me parecia impossível que acontecesse: a repetição, depois do julgamento dos pais começar, do nome da bebe de Viseu vítima de maus tratos. Na revista de domingo do Correio da Manhã.
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Plágio no Público. Jornalismo 2.0

O caso relatado e tratado esta semana pelo provedor dos leitores do Público é exemplar do que pode ser o trabalho de um provedor e do que não deve ser o jornalismo.

Mas - permitam-me insistir na ideia de um novo paradigma para o provedor - eu, como leitor do Público, gostaria de saber mais coisas relacionadas com este caso: o que pensa a direcção do jornal? que jurisprudência pode um caso como este fazer? internamente, que valor tem um caso como este?

É que uma coisa é cada-um-ficar-na-sua (como se percebe do texto publicado pelo provedor), outra é o caso ter alguma utilidade. Eu, como leitor, gostaria de saber que valeu a pena a intervenção do provedor. E quem, senão o provedor, poderia ajudar a perceber isso?

PS - dito por outras palavras, a mudança de paradigma não é só para o provedor; os meios de comunicação social têm de encontrar formas de se compatibilizar com os novos hábitos dos seus leitores (mais exigentes, mais participativos, mais intervenientes). Da web social para o jornalismo social.
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