Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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terça-feira, outubro 17, 2006

ACT Expresso e Sol – vitória do Expresso (Economia) no 5º combate (4-2)

Desta vez a análise é relativa aos suplementos de economia.
O do Expresso tem mais variedade de temas, inclui uma reportagem a sério (por sinal, esta semana, já muito batida, o Barca Velha), uma boa arrumação dos temas e um bom grafismo; Negativo, na minha opinião, é o excesso de opinião (pequena, média e grande...).

O do Sol tem pouco noticiário de empresas e de microeconomia, estando muito virado para a macro (finanças, orçamento, políticas). A arrumação dos temas é - como no caderno principal - confusa e a paginação muito pobre (um exemplo: pedem uma dezena de depoimentos a personalidades e arrumam-nos em texto corrido, sem um destaque para cada texto ou um quadro-resumo); há 20 anos era assim. De bom, e dentro género macro, o Sol tem as notícias (os ministros incapazes de calcular as poupanças, por exemplo);

Quer-me parecer que o suplemento do Expresso ainda não recuperou da saída do último editor (Jorge Fiel), que lhe trouxe um dinamismo único. Mas é um suplemento mais variado, mais próximo das pessoas, mais atraente. É um suplemento melhor para leitores que não são especialistas (a esmagadora maioria, portanto).

Dá a ideia de que, com mais este ponto, o Expresso está a consolidar a liderança.

PS - atenção aos velhos (maus) hábitos em jornal novo

ACT a 19/10/06: «De acordo com um estudo realizado durante três semanas pela Marktest junto de leitores do Expresso e do Sol, o semanário da Impresa Jornais obteve um grau de preferência de 63% na intenção futura de compra, no caso de terem de optar apenas por um destes jornais. Segundo o mesmo estudo, a preferência pelo Sol gerou 20% de respostas positivas, sobrando 17% de indecisos» (Meios e Publicidade; registo prévio); No Jornal de Negócios acrescenta-se que o estudo foi encomendado pelo Expresso à Marktest (no Diário Económico também).
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Jornal novo; hábitos velhos

A manchete do Sol da semana passada envolvia o ex-presidente da distrital de Lisboa do PSD, António Preto (quase duas páginas no interior).
Preto não foi ouvido e escreve uma carta na edição desta semana em que diz, nomeadamente: «ao longo de mais de três anos, de forma permanente e sistemática, sempre sem me ouvirem previamente, com excepção das dua snotícias publicadas em Junho de 2003, as jornalistas Ana Paula Azevedo e Graça Rosendo, [sic] publicaram diversas notícias sempre com grande destaque (...)».

Tenho escrito várias vezes que acho uma falha deontológica grave uma situação como esta (de não inquirição jornalística do acusado pela notícia); no novo jornal acho ainda mais grave. Mas o pior não é a falha deontológica: é o desrespeito pelos leitores. O Sol publica a carta de Preto, com acusações a duas jornalistas, e estas não se defendem. Não há nada a dizer aos seus leitores? (não é invocado o direito de resposta)
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Um livro que se ouve

Os livros de Ricardo Alexandre são elogiados por diversas razões.
Eu gosto deles principalmente por outra razão: ouvem-se!
«Irão: o país nuclear» tem a rádio lá dentro.
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A resposta para o Alfredo Maia

Alfredo Maia, presidente do Sindicato do Jornalistas, enviou-me um e-mail (enviou-me é um pouco forçado, porque é uma difusão colectiva), chamando-me a atenção para o facto de eu não ter subscrito o Apelo em Defesa da Liberdade de Criação e de Expressão dos Jornalistas.

Embora tenha lido, nas últimas semanas, a quantidade de informações que o Sindicato mobilizou em defesa deste Apelo (uma espécie de segunda vida do Sindicato, tal o sucesso da iniciativa), não o vou subscrever.

Sobre o assunto escrevi há alguns meses isto. Não vejo razão para mudar de opinião.
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