Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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domingo, junho 26, 2005

Apenas coincidências (ou distracção?)

Só o li o Público de ontem hoje. E primeiro o de hoje e só depois o de ontem. Por que é que isto é importante? Apenas porque uma infeliz coincidência me atirou para algo que não gostei de ver.
Acabara de ler na edição de hoje Luís Marinho dizer, entre outras coisas, que "há estações [de televisão] que promovem os seus produtos dentro dos espaços informativos, como se esse produto, por ser dessa estação, fosse matéria noticiosa que coubesse num telejornal. Penso que essa confusão não se deve fazer", quando vejo a última página do jornal de ontem: "Museu de Serralves reúne obras de Álvaro Siza num DVD inédito". Estranhei de imediato, porque desde a publicação da nova versão do Livro de Estilo que a última página deixou (e bem) de servir de vitrina. Depois li o texto de abertura e confirmei: "O arquitecto serve de guia a 18 museus e espaços expositores que projectou. O DVD é distribuído amanhã com o Público por mais 8,9 euros".

Relembro o ponto 121 do Livro de Estilo: "Os textos de apresentação de produtos associados ao jornal - como livros, CD-ROM ou DVD - deverão ser paginados em espaços distintos das secções normais do jornal e apresentados sob uma cabeça identificativa ("Colecções Público", "Iniciativas", etc.)".
Nada disto é cumprido! Espero que tenha sido uma apenas uma distracção.
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Idiossincrasias

A rádio e a televisão têm, provavelmente, mais diferenças do que semelhanças - daí que Eduardo Meditsch recuse a ideia de que a rádio é um meio audiovisual.
Mas uma coisa é a afirmação académica de respeito pelas características individualizadoras, outra a prática.
Vem isto a propósito de uma experiência vivida ontem: entrei no carro cerca das 11.30 e comecei a ouvir uma entrevista interessante, que passava naquela altura na TSF (conduzida por Margarida Marante).
Percebi que era um advogado, de sucesso, com interesses em Angola, mas até ao fim do programa não foi repetido o seu nome. Tive de comprar hoje o JN (que publica uma versão editada da entrevista ao domingo) para saber que se chamava Agostinho Pereira de Miranda.
Na televisão, um oráculo pode periodicamente sinalizar o nome do entrevistado e o jornalista não precisa de ter essa preocupação presente. Na rádio só há uma forma de o conseguir: dizer, de vez em quando, o nome de quem fala. É essa a gramática da rádio.
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