Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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sexta-feira, janeiro 12, 2007

Visão e Sábado

A Visão vem perdendo leitores, a Sábado está a ganhar.

Percebe-se. Como assinante de longo tempo da Visão e leitor regular da Sábado, noto que esta última tem uma agressividade (na escolha dos temas, no planeamento semanal, na preocupação de inovar) que falta à Visão. A Visão é um pouco como Expresso: tem uma redacção de grande qualidade, mas que parece acomodada e por vezes sente-se que vive da ou com alguma inércia.

Se calhar esta é uma caracterização normal: quem está por baixo é que tem de se mexer. Mas quem está por cima cairá se nada fizer. Tal como o Expresso, a Visão parece ter acordado.

Relativamente ao que diz Pacheco Pereira («A Sábado é o órgão de comunicação social portuguesa mais subestimado, vítima das “sinergias” que lhe faltam: não tem quem puxe pelas suas notícias nos outros órgãos de comunicação social. Mas que tem notícias, isso tem, por detrás daquelas capas sensacionalistas. Repito ipsis verbis o que disse o ano passado acrescentando que o sucesso da Sábado face à Visão levou-a a ultrapassá-la nas vendas em banca, o que é um feito. A Visão precisa mesmo de levar uma volta») gostava de acrescentar algo: a Sábado é a primeira publicação portuguesa que nasce em resultado de sinergias internas. Quatro directores das publicações da Cofina (Correio da Manhã, Jornal de Negócios, Record e Flash) escrevem semanalmente na Sábado e, pelo que sei, participam também no planeamento da revista. Não é por falta de sinergias. Talvez porque as suas peças não sejam propriamente notícia (os chamados «features») ou porque a revista é mesmo subestimada.
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