Do livro de Afonso de Melo
Senti - por uma questão de coerência (teimosia?) - interesse em ler o livro de Afonso de Melo, sobretudo depois da Federação ter vindo distanciar-se (e de um jornal, citando uma fonte anónima, ter dito que Scolari também não gostou *).
O livro é um diário da experiência do autor como assessor de imprensa da selecção nacional, mais uns quantos relatos das suas memórias futebolísticas. Mas, essencialmente, é um ajuste de contas com aqueles que não pensam o mesmo que Afonso de Melo relativamente à selecção. E, nesse aspecto, trata-se de um livro lamentável.
Não vou discutir a sua legitimidade nem suscitar questões éticas (as tais questões éticas que o autor tanto invoca) sobre se podia ou devia ter escrito o livro, mas parece-me que fica muito mal beneficar da condição de ex-assessor para ajustar contas. Com aqueles que o criticaram (Rui Santos ou Miguel Sousa Tavares) ou - e isso é que é lamentável - com aqueles que discordaram de algumas opções de Scolari (Antonio Pedro Vasconcelos e os seus colegas da RTP, apelidados de os três estarolas!, por exemplo).
Mas a parte que mais me interessava era a das perguntas censuradas nas conferências de imprensa. Afonso de Melo aborda o assunto e diz coisas como «hoje não deixei o Simão responder» ou um caso ainda mais grave com Nuno Valente e um jornalista estrangeiro.
Perante isto o autor escreve: «sou e sempre serei jornalista" (pag. 84).
Fiquei esclarecido.
* Mas não tem razão, o livro é um panegírico do seleccionador nacional e um libelo contra os seus críticos.
PS - surpreende-me a estranheza da Federação de Futebol, uma vez que o autor publicou semanalmente algumas das crónicas que saem no livro no jornal A Soberania do Povo (de Águeda, de onde é natural), durante o Mundial. E aí já se percebia que se destinavam a um livro. Ou será que não informou a FPF dessa publicação, feita simultanamente com o seu trabalho de assessor?
O livro é um diário da experiência do autor como assessor de imprensa da selecção nacional, mais uns quantos relatos das suas memórias futebolísticas. Mas, essencialmente, é um ajuste de contas com aqueles que não pensam o mesmo que Afonso de Melo relativamente à selecção. E, nesse aspecto, trata-se de um livro lamentável.
Não vou discutir a sua legitimidade nem suscitar questões éticas (as tais questões éticas que o autor tanto invoca) sobre se podia ou devia ter escrito o livro, mas parece-me que fica muito mal beneficar da condição de ex-assessor para ajustar contas. Com aqueles que o criticaram (Rui Santos ou Miguel Sousa Tavares) ou - e isso é que é lamentável - com aqueles que discordaram de algumas opções de Scolari (Antonio Pedro Vasconcelos e os seus colegas da RTP, apelidados de os três estarolas!, por exemplo).
Mas a parte que mais me interessava era a das perguntas censuradas nas conferências de imprensa. Afonso de Melo aborda o assunto e diz coisas como «hoje não deixei o Simão responder» ou um caso ainda mais grave com Nuno Valente e um jornalista estrangeiro.
Perante isto o autor escreve: «sou e sempre serei jornalista" (pag. 84).
Fiquei esclarecido.
* Mas não tem razão, o livro é um panegírico do seleccionador nacional e um libelo contra os seus críticos.
PS - surpreende-me a estranheza da Federação de Futebol, uma vez que o autor publicou semanalmente algumas das crónicas que saem no livro no jornal A Soberania do Povo (de Águeda, de onde é natural), durante o Mundial. E aí já se percebia que se destinavam a um livro. Ou será que não informou a FPF dessa publicação, feita simultanamente com o seu trabalho de assessor?
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