Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quarta-feira, junho 08, 2005

Tem explicação?

O jornalismo português (sobretudo o impresso) viveu hoje mais um dos seus dias tristes, com a mistura entre expectativas, adivinhação e investigação. Falo, obviamente, das informações sobre o novo treinador do Benfica.

24 Horas: "Guy Lacombe é o homem";
Record: "Koeman é o eleito";
JN: "Le Guen ganha avanço";
O Jogo: "Koeman ou Le Guen";
A Bola: Paul Le Guen, Ronald Koeman, Alberto Zaccheroni - é um deles";

Ou seja, só o Record acertou inequivocamente, citando a televisão holandesa (o que os outros tambem podiam ter feito...).
Acho, relativamente à restante oferta, que aquilo que fizeram o Público e o DN foi o mais sensato: não sabiam e, como tal, nada disseram (o Correio da Manhã não inventa no título, mas no texto afirma que "Camacho e Ronald Koeman são os principais candidatos").
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Separar jornalismo da publicidade (mais)

A propósito deste texto, acrescento esta citação do Código de Ética da Associação Portuguesa das Empresas de Publicidade e Comunicação (APAP) (procurar em Notícias):

«3. Os Media
Reconhecemos o papel dos meios de comunicação social enquanto produtores de informação independente e equilibrada dirigida ao consumidor. Aceitamos que com a inserção de publicidade em meios editoriais, ou outros, não estamos a procurar influenciar a independência ou o equilíbrio do conteúdo editorial. Aplica-se, contudo, uma excepção às designadas “publi reportagens” que são apresentadas, de forma clara, ao consumidor como acordos de discurso entre o anunciante e o proprietário do meio
(via Jornalismo Digital)
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Boas notícias que são más...

Sou dos que acham que a opinião não deve ser misturada com o jornalismo, não tanto por qualquer preconceito, mas porque ela funciona como "ruído" - como algo que interrompe a comunicação com os receptores (e na rádio isso ainda é mais dramático, porque não é possível parar para pensar e continuar depois a ouvir).
Globalmente, este princípio é respeitado, mas há algumas excepções - nunca mais esqueço, já lá vão 15 anos (estava eu na Rádio Nova), quando um ouvinte me contactou telefonicamente para me explicar que aquilo que eu dissera (boas notícias para uma empresa cotada na bolsa, que subira 3 ou 4 por cento) significava exactamente o contrário: para ele, boas notícias é se essa empresa descesse 5 ou 10 por cento, para ele poder comprar barato. E eu aprendi a não cometer o mesmo erro.

Mais recentemente tenho ouvido uma referência que merece atenção: temperaturas altas, fim de semana (alargado?), bom tempo para a praia... "Boas notícias" * ? E para todos aqueles que suspiram, se calhar dramaticamente, por chuva?

A opinião divide os ouvintes. E o nosso objectivo será sempre ganhar, não perder!

* O problema resolve-se, neste e noutros casos, se ao adjectivo for acrescentado o destinatário das boas ou más notícias: "... para quem deseja um fim de semana na praia, por exemplo".
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