Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quinta-feira, fevereiro 01, 2007

As minhas primeiras do novo Rádio Clube (RC)

(antes de mais: como alguém interessado no fenómeno mediático, a mudança do RC é muito interessante; para quem trabalha na TSF, o RC é concorrência pura; as minha reflexões não podem ser dissociadas desta dialéctica ontológica!)

Com três dias e meio de emissão é possível dizer isto do RC:
- trata-se de uma rádio de informação, modelo notícias e conversa, com algumas diferenças face à TSF (mais debate, mais comentário, muito mais conversa, menos notícias, menos rubricas, menos espartilhada, muito menos publicidade - e esta questão é muito mais relevante do que possa parecer);
- relativamente às notícias, percebe-se uma aposta das 7 às 11 da manhã, no modelo ensaiado por Osório/Rodrigues no falecido Capital: um destaque/manchete por dia, que depois é comentado ao limite;
- sobre os conteúdos da manhã, além da actualidade noticiosa: bolsa, trânsito e meterologia (lida pelo Nuno Domingues???). Apenas. É pouco. Sobretudo quando comparado com o que oferece o Hoy por Hoy da Ser. Por falar em pouco: não há 22 convidados em cada manhã, parece-me. E é a primeira manhã sem humor (só perto do meio dia);
- o RC está a introduzir um novo paradigma com as cinco horas de emissão seguidas de JAFaria ou de Aurélio Gomes (e colega). Cinco horas seguidas não é fácil... Por falar em JAF, está à procura do seu ritmo, está a corrigir erros diariamente (a informação horária do primeiro dia, por exemplo), mas é, do meu ponto de vista, muito opinativo. É perigoso e cansa.

Algumas notas breves:
- o RC tem, no trânsito, a mais-valia do helicóptero da Media Capital em Lisboa. E potencia-o bem. Mas quando chama o Porto já não há. Desequilibra. Pior: à tarde, a informação de trânsito do Porto é dada pelo repórter que está nas ruas de... Lisboa!
- os spots de estação não mostram uma assinatura, uma identidade (podiam estar naquela ou noutra rádio qualquer)
- talvez por influência da televisão (em que a imagem ajuda a fazer a transição), muitas das notícias do RC não têm «rodapé» do editor. Ou seja, cola-se a peça anterior à notícia seguinte. Gera confusão (no meio invisual como a rádio) e reduz a desejada redundância.

Voltarei ao assunto.
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