Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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sexta-feira, janeiro 19, 2007

ACTx3 Público ajuda a criar um novo paradigma?

A Direcção do Público deu por encerrado o caso do plágio suscitado pelo provedor. E fê-lo da melhor maneira possível: divulgou ontem uma Nota da Direcção em que resume o caso, manifestando-se claramente contra o procedimento da jornalista mas sem necessidade de prosseguir para outros patamares (para a jornalista não terá havido pior penalização do que a acusação generalizada de plágio. ACT a 20/1/07: aproveito para saudar duplamente o texto do Doutor jfidalgo no Jornalismo e Comunicação. Pelo facto de voltar ao nosso convívio e também pelo seu conteúdo clarividente: «Este é também um bom exemplo de como a eficácia dos mecanismos de auto-regulação não depende obrigatoriamente da aplicação de sanções materiais. Uma sanção moral — como a que foi aplicada neste caso e como as que são habitualmente usadas no terreno das infracções deontológicas — parece suficiente, e suficientemente penalizadora para a jornalista em causa»).

Mas mais importante do que a conclusão assertiva e ponderada da Direcção, a forma como o Público geriu este processo pode ser o princípio de um novo paradigma na relação do jornal com os seus leitores. Em vez de ocultar, evitar ou menorizar, assumiu. E assumiu, com transparência e respeito, a relação com os seus leitores. Se for algo para manter então, sim, estamos perante um novo paradigma, que eleva para um patamar de mais (maior?) exigência essa relação.

PS - Pedro Rolo Duarte, o jornalista que não gosta(Act a 21/1/07: va) de blogues mas tem programa diário sobre blogues na Antena 1, visou-me na crónica de ontem. Não ouvi, apesar de imaginar que está on line, mas chegaram-me vários ecos. Alguns amigos, outros sarcásticos. É a vida. Continuarei a escrever no blogue e, assim, a ajudar o Pedro Rolo Duarte a ganhar a vida. Irónico, não é? ACT a 20/1/07: Esclarecimento suplementar: não ouvi porque prefiro ignorar, para assim nem sequer ser tentado a rebater os seus argumentos; mas quero ignorar e falo disso aqui no blogue? Sim, é no mínimo contraditório. Só o faço porque ontem recebi vários comentários, pendurados noutros temas, e que por essa razão recusei, a «obrigarem-me» a isso.
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