O futuro do Público
Várias notícias recentes sobre os resultados trimestrais do Público, considerados publicamente pela administradora da Sonaecom como decepcionantes, suscitam este comentário:
- o Público tem vindo a perder leitores e receitas. Se estas dependem, por um lado, daqueles, por outro estão dependentes também dos produtos de marketing associados - em tempos o Público transformou-se numa espécie de FNAC a vender livros, discos e filmes, mas depois a coisa banalizou-se e é cada vez mais difícil encontrar boas ideias para agarrar os leitores.
Muito mais preocupante é, do meu ponto de vista, a perda de leitores - apesar da aposta em suplementos (alguns falhados, como é o caso da Dia D), das reformulações gráficas, dos arranjos internos, o jornal não só não fidelizou os leitores como os tem deixado fugir.
Belmiro de Azevedo já disse que a venda do jornal não é hipótese - mas quanto tempo mais estará disponível para suportar prejuizos como os 2,2 milhões de euros do primeiro trimestre?
A questão é dramática para o Público (e para os seus leitores, como eu). As medidas anunciadas, penso, dificilmente terão resultados (mais uma renovação do grafismo, paginas a cor e até uma mudança de logotipo), a ponto de conseguirem inverter a queda. Além disso, o Público será sempre um jornal com uma produção cara.
O que resta? Uma mudança do perfil do jornal, tornando-o mais popular, o que pressuporia uma descaracterização histórica? Isso poderia trazer novos leitores, mas afastar os de sempre.
Por isso falo num dilema vital para o jornal.
PS - sou leitor do Público, desde os números zero, que vi nascer na Sonae, estava eu na abertura da Rádio Nova. Leio-o todos os dias e compro-o sempre que não estou a trabalhar.
- o Público tem vindo a perder leitores e receitas. Se estas dependem, por um lado, daqueles, por outro estão dependentes também dos produtos de marketing associados - em tempos o Público transformou-se numa espécie de FNAC a vender livros, discos e filmes, mas depois a coisa banalizou-se e é cada vez mais difícil encontrar boas ideias para agarrar os leitores.
Muito mais preocupante é, do meu ponto de vista, a perda de leitores - apesar da aposta em suplementos (alguns falhados, como é o caso da Dia D), das reformulações gráficas, dos arranjos internos, o jornal não só não fidelizou os leitores como os tem deixado fugir.
Belmiro de Azevedo já disse que a venda do jornal não é hipótese - mas quanto tempo mais estará disponível para suportar prejuizos como os 2,2 milhões de euros do primeiro trimestre?
A questão é dramática para o Público (e para os seus leitores, como eu). As medidas anunciadas, penso, dificilmente terão resultados (mais uma renovação do grafismo, paginas a cor e até uma mudança de logotipo), a ponto de conseguirem inverter a queda. Além disso, o Público será sempre um jornal com uma produção cara.
O que resta? Uma mudança do perfil do jornal, tornando-o mais popular, o que pressuporia uma descaracterização histórica? Isso poderia trazer novos leitores, mas afastar os de sempre.
Por isso falo num dilema vital para o jornal.
PS - sou leitor do Público, desde os números zero, que vi nascer na Sonae, estava eu na abertura da Rádio Nova. Leio-o todos os dias e compro-o sempre que não estou a trabalhar.
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