Revelar a identidade das fontes anónimas!
Esta dica de António Granado merece desenvolvimento.
E é isso que aqui proponho (embora ache que o caso precisa de ser mais discutido)!
Resumidamente: o Público, a 8/5, noticiou - sem citar qualquer fonte - que as negociações do Bloco de Esquerda com o seu candidato a Lisboa, Sá Fernandes, tinham começado há um ano. O Bloco e o advogado negaram a seguir e o jornal publicou - no dia 13 de Maio - um direito de resposta de Sá Fernandes a dizer isso mesmo.
Só que ao contrário do que costuma acontecer, José Manuel Fernandes assina, ao lado desse direito de resposta, um "Esclarecimento necessário" e, mais, revela que quem é a fonte anónima que suportara a notícia inicial: o próprio assessor de imprensa do Bloco!
JMF justifica esta situação tão rara com este argumento: "(...) os dirigentes do BE enganaram o Público e, por essa via, os seus leitores. Tal como surge consagrado no nosso Livro de Estilo, perante uma situação desta gravidade decidimos tornar públicas quais foram as fontes que afirmaram uma coisa e fizeram outra (...)".
Eu aplaudo a coragem do Público, porque é uma forma de fazer pedagogia sobre as fontes, de mostrar respeito pelos leitores e de tentar moralizar a relação. Isto é tão raro que só me lembro de um caso - em 2000 - envolvendo a Rádio Renascença e o então ministro Armando Vara.
E é isso que aqui proponho (embora ache que o caso precisa de ser mais discutido)!
Resumidamente: o Público, a 8/5, noticiou - sem citar qualquer fonte - que as negociações do Bloco de Esquerda com o seu candidato a Lisboa, Sá Fernandes, tinham começado há um ano. O Bloco e o advogado negaram a seguir e o jornal publicou - no dia 13 de Maio - um direito de resposta de Sá Fernandes a dizer isso mesmo.
Só que ao contrário do que costuma acontecer, José Manuel Fernandes assina, ao lado desse direito de resposta, um "Esclarecimento necessário" e, mais, revela que quem é a fonte anónima que suportara a notícia inicial: o próprio assessor de imprensa do Bloco!
JMF justifica esta situação tão rara com este argumento: "(...) os dirigentes do BE enganaram o Público e, por essa via, os seus leitores. Tal como surge consagrado no nosso Livro de Estilo, perante uma situação desta gravidade decidimos tornar públicas quais foram as fontes que afirmaram uma coisa e fizeram outra (...)".
Eu aplaudo a coragem do Público, porque é uma forma de fazer pedagogia sobre as fontes, de mostrar respeito pelos leitores e de tentar moralizar a relação. Isto é tão raro que só me lembro de um caso - em 2000 - envolvendo a Rádio Renascença e o então ministro Armando Vara.
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