Expresso: mais uma manchete muito duvidosa
A manchete desta semana do Expresso parece-me ser muito duvidosa:
1) A denúncia de Agostinho Branquinho não tem a identificação dos protagonistas (jornalistas e assessor) do caso, não refere o noticiário e o assunto que teria motivado o contacto do assessor de Sócrates (como o próprio jornal diz);
2) Todos os pivôs dos jornais nacionais da RTP desmentiram (no próprio jornal ou nos dias seguintes) que tenham falado com um assessor durante esse jornal; (e o hipotético pivô até sai como herói, pois teve [h]ombridade e dimensão profissional, cito; já ninguém quer ser herói?)
3) Pelo que sei, tecnicamente é impossível falar com um pivô durante um jornal em directo. Quando muito com o editor, o coordenador ou alguém na regie (o realizador?); ora a notícia diz que o assessor falou mesmo com o pivô; é aliás o título da peça na página 8.
4) A ser verdade, este caso envolve várias pessoas, o assessor não chega à regie directamente; ninguém sabe mais nada?
5) Dependendo dos argumentos que possam ser usados, e por muito que nos custe, uma das funções de um assessor é tentar conseguir que as notícias lhe sejam favoráveis; da mesma forma que a função de um jornalista é resistir, é ouvir os argumentos e se for caso disso manter a sua versão; a dialéctica assessor-jornalista não é isto mesmo?
6) Depois disto, acho que colocar a denúncia de Agostinho Branquinho como manchete é muito forçado. Vamos ver se as próximas semanas não mostram que estou enganado...
PS - O combate Expresso-Sol desta semana está atrasado, eu sei; há que aguardar...
1) A denúncia de Agostinho Branquinho não tem a identificação dos protagonistas (jornalistas e assessor) do caso, não refere o noticiário e o assunto que teria motivado o contacto do assessor de Sócrates (como o próprio jornal diz);
2) Todos os pivôs dos jornais nacionais da RTP desmentiram (no próprio jornal ou nos dias seguintes) que tenham falado com um assessor durante esse jornal; (e o hipotético pivô até sai como herói, pois teve [h]ombridade e dimensão profissional, cito; já ninguém quer ser herói?)
3) Pelo que sei, tecnicamente é impossível falar com um pivô durante um jornal em directo. Quando muito com o editor, o coordenador ou alguém na regie (o realizador?); ora a notícia diz que o assessor falou mesmo com o pivô; é aliás o título da peça na página 8.
4) A ser verdade, este caso envolve várias pessoas, o assessor não chega à regie directamente; ninguém sabe mais nada?
5) Dependendo dos argumentos que possam ser usados, e por muito que nos custe, uma das funções de um assessor é tentar conseguir que as notícias lhe sejam favoráveis; da mesma forma que a função de um jornalista é resistir, é ouvir os argumentos e se for caso disso manter a sua versão; a dialéctica assessor-jornalista não é isto mesmo?
6) Depois disto, acho que colocar a denúncia de Agostinho Branquinho como manchete é muito forçado. Vamos ver se as próximas semanas não mostram que estou enganado...
PS - O combate Expresso-Sol desta semana está atrasado, eu sei; há que aguardar...
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