Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

Blogouve-se mudou para um endereço próprio: http://blogouve-se.com


Peço o favor de actualizarem as vossas bookmarks e eventuais links. e de continuarem a ler e a comentar na nova morada.

sexta-feira, maio 26, 2006

Coisas que fascinam (para a história!)

Os leitores do Público terão estranhado que José Manuel Fernandes tenha escrito uma notícia de uma página, na edição de hoje, que abre a secção «Nacional».
Se também tiverem lido o Diário de Notícias terão encontrado, também, quase uma página com duas notícias, assinadas por António José Teixeira.
Se continuassem a leitura, encontrariam no Correio da Manhã uma página, a abrir a secção «Política» assinada por João Marcelino.
E, para terminar, no Diário Económico e em O Independente há também notícias assinadas por Martim Avillez Figueiredo e por Inês Serra Lopes!!! Chega? *

De comum entre eles:
- todos os textos são publicados hoje;
- todos os citados são directores e raramente escrevem notícias;
- o assunto era o mesmo: os «Roteiros» de Cavaco Silva que começam segunda-feira, com declarações «on» do próprio (o Correio da Manhã até inclui uma pequena entrevista, ACT a 5/6: João Marcelino contactou-me no sentido de deixar claro que o seu texto expressava o contexto da situação, uma conversa com o PR);

O que é que aconteceu? Cavaco Silva chamou os directores a Belém, falou-lhes dos seus «Roteiros» e dessa conversa colectiva saíram os diversos textos (mas só O Independente refere esse contexto, «uma mesa cheia de directores de jornais, rádios e televisões») - o Presidente conseguiu uma coisa verdadeiramente insólita: pôr (quase) todos directores a escrever notícias. Notável!

* No JN a notícia não é assinada e no Jornal de Negócios é o director-adjunto quem a assina; Pedro Tadeu foi esquecido?
Blogouve-se mudou para um endereço próprio: http://blogouve-se.com. Comente na nova morada.

O livro da ERC não é o livro que eu li...

Segundo se lê no DN, a ERC condena o livro de MMCarrilho por ter acusações de «carácter genérico e indiferenciado», «as acusações sem rosto lançadas contra os profissionais dos media pelo deputado Manuel Maria Carrilho no seu polémico livro Sobre o signo da verdade».

Ora se o livro de MMCarrilho tem algum mérito é o de contrariar a tendência das generalizações, apontando casos concretos - mais concretos seria difícil.

Portanto, ou eu ou Azeredo Lopes lemos um livro diferente daquele que se fala. No que eu li há (demasiadas, até) acusações com rosto!
Blogouve-se mudou para um endereço próprio: http://blogouve-se.com. Comente na nova morada.