Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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terça-feira, março 21, 2006

Redacção do DN esvazia função do Provedor?

José Carlos Abrantes conta, no seu texto de ontem no DN (que estranhamente não está on line no DN) que remeteu um determinado e-mail de um leitor ao jornal mas não obteve resposta. O leitor foi persistente e insistiu e o provedor dos leitores voltou a remeter o assunto para o jornal, «pois a minha resposta teria mais interesse se fundamentada nas razões dos jornalistas, que regularmente consulto (...)». Só que mais uma vez não obteve resposta. E conclui que «A ausência de resposta deixa-me dúvidas desnecessárias sobre a clareza dos critérios editoriais neste caso».

Uma vez que aconteceu duas vezes no mesmo caso, e nem sequer é caso virgem no DN, acho que se justifica perguntar: a possibilidade de não responder não esvazia por completo a acção do provedor? Foi coincidência? O que pensa (fazer) a Direcção do jornal? E o que pensa fazer José Carlos Abrantes, para elevar o paradigma de diálogo entre jornal e os leitores, como penso que é sua obrigação?
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ACT«É lamentável ainda não existir uma Ordem dos Jornalistas»

defendeu ontem Emídio Rangel (conta hoje o Jornal de Negócios).

Falta o quê?

ACT a 24/3: «Foi há 20 anos e discutia-se, tal como ainda hoje, o abstracto e o óbvio: a ética e a estética, a independência e a liberdade de expressão, o problema dos estagiários desamparados e explorados, os efeitos da concentração dos meios em grandes grupos e, finalmente, a ameaça, sempre presente, de "meter os jornalistas na ordem". Não se discutiam os malefícios da televisão privada porque na altura só havia uma e pública.Eram poucas as mentes que tentavam desalinhar o discurso. As questões sindicais apareciam sempre misturadas com as questões deontológicas e qualquer tentativa para discutir as vantagens de uma eventual separação, através de organismos autónomos, era vista como algo amaldiçoado. O jornalismo perdia assim a oportunidade de caminhar no sentido da auto-regulação. A recém-criada Entidade Reguladora para a Comunicação Social não deixa de ser uma derrota dos próprios jornalistas, que, pelos vistos, acordaram tarde» (Alcides Vieira no DN de hoje)
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Uma tendência ou coincidência?

A página de abertura da secção de media do Público é dedicada aos 30 idiomas da National Geographic, sendo que o trigésimo é em esloveno!
Uma coisa é dar uma perspectiva cosmopolita ao trabalho, outra ir pelo caminho mais fácil - dá menos trabalho do que «esburacar» por cá!
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Matar ou morrer?

O novo jornal de José António Saraiva vai sair... ao sábado!
O arquitecto anunciou-o ontem durante a entrevista no RCexP.
Ainda não se ficou a saber o nome (revolucionário, prometeu) nem a data de saída (que eu tenha percebido), mas Saraiva admitiu: o projecto é tão ambicioso e, sobretudo, revolucionário que ou será um sucesso enorme ou um grande fracasso.
A entrevista está on line e em podcast.

A pergunta: será possível que venha a ser um sucesso enorme sem matar o Expresso? Sinal de que as coisas estão mal entre as partes: Saraiva contou que «uma pessoa acaba de ser despedida do Expresso» por se ter recusado a seguir uma indicação dada no jornal para não falarem com ele.
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