(ACT) Sobre o provedor dos ouvintes da RDP
Algumas notas prévias:
- sou um ferveroso adepto do alargamento à rádio da função de provedor, neste caso dos ouvintes (relembro, só a título exemplificativo, este texto de 16 de Fevereiro de 2004); mais, tenho pena que a rádio onde trabalho não tenha feito essa opção até hoje;
- saúdo vivamente a decisão do governo (e, por extensão, da administração da RDP/RTP) de criar provedores para o serviço público e, agora, a formalização desses convites;
Mas devo dizer que fiquei surpreendido com a escolha de José Nuno Martins. Esperei 24 horas para escrever este texto, porque ele será provavelmente mal interpretado. Muito mais porque - já percebi - há uma unanimidade aplaudindo a escolha. Espero que José Nuno Martins me mostre que estou enganado quando digo que preferia alguém com um perfil diferente: alguém do jornalismo, com os olhos abertos para a programação, ou alguém das ciências da comunicação, com capacidade para problematizar (como penso que acontecerá com Paquete de Oliveira, na RTP).
Ao (primeiro) provedor pede-se que não seja um agente passivo relativamente à oferta radiofónica da RDP (ou seja, que não se limite a receber e a despachar as queixas dos ouvintes), mas alguém que tenha capacidade de provocar, de procurar, de questionar, até porque essas queixas serão provavelmente raras.
Será José Nuno Martins capaz disso? Espero sinceramente que sim, porque uma avaliação sobre os méritos e a continuidade da iniciativa não deixarão de ter em conta a forma como decorreu a primeira experiência!
ACT a 30/3/06: Não tem de ser jornalista, como é evidente. Eu preferia alguém com um perfil diferente do da programação. Só isso. Mas já agora sugiro este complemento.
- sou um ferveroso adepto do alargamento à rádio da função de provedor, neste caso dos ouvintes (relembro, só a título exemplificativo, este texto de 16 de Fevereiro de 2004); mais, tenho pena que a rádio onde trabalho não tenha feito essa opção até hoje;
- saúdo vivamente a decisão do governo (e, por extensão, da administração da RDP/RTP) de criar provedores para o serviço público e, agora, a formalização desses convites;
Mas devo dizer que fiquei surpreendido com a escolha de José Nuno Martins. Esperei 24 horas para escrever este texto, porque ele será provavelmente mal interpretado. Muito mais porque - já percebi - há uma unanimidade aplaudindo a escolha. Espero que José Nuno Martins me mostre que estou enganado quando digo que preferia alguém com um perfil diferente: alguém do jornalismo, com os olhos abertos para a programação, ou alguém das ciências da comunicação, com capacidade para problematizar (como penso que acontecerá com Paquete de Oliveira, na RTP).
Ao (primeiro) provedor pede-se que não seja um agente passivo relativamente à oferta radiofónica da RDP (ou seja, que não se limite a receber e a despachar as queixas dos ouvintes), mas alguém que tenha capacidade de provocar, de procurar, de questionar, até porque essas queixas serão provavelmente raras.
Será José Nuno Martins capaz disso? Espero sinceramente que sim, porque uma avaliação sobre os méritos e a continuidade da iniciativa não deixarão de ter em conta a forma como decorreu a primeira experiência!
ACT a 30/3/06: Não tem de ser jornalista, como é evidente. Eu preferia alguém com um perfil diferente do da programação. Só isso. Mas já agora sugiro este complemento.
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