Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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domingo, dezembro 26, 2004

1,2,3 e não 3,2,1...

(isto saiu ao contrário; se estiverem disponíveis, leiam de baixo para cima, do 1 para o três...)
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"Copyright na Net" 3

O que fica deste caso?
«NO PASSADO DIA 19, o caderno Local Centro inclui um artigo sobre um edifício de Viseu. Expressões e um excerto do texto, constavam de um "post" antes publicado no blogue "Arqueoblogo"que, no entanto, não era citado. O facto foi reconhecido na rubrica "O PÚBLICO Errou" e, dois dias depois, assumido, em nota da Direcção Editorial, como "grave violação" do Livro de Estilo do jornal: "Por muito que o recurso a múltiplas fontes de informação, situação corrente na produção jornalística, possa, eventualmente, gerar omissões quanto às suas origens, a situação observada é, ainda assim, grave".Informando que, em consequência, fora decidido "suspender, com efeitos imediatos, a colaboração com a autora da notícia", pedia-se "desculpa ao autor das informações usadas sem a devida referência e aos leitores".
A autora do texto é estagiária de jornalismo. Depois de consultada sobre se pretendia intervir nesta coluna, aceitou e reconhece o erro: "Admito que é muito grave ter colocado duas frases retiradas de um blog sem ter referenciado o seu autor e, desde já apresento as minhas desculpas. O tema do artigo, já por si só exigia que me baseasse em meios de informação distintos (...) Consultei o maior número possível desses suportes para que o produto final que viesse a ser publicado fosse consistente e de total veracidade." Marta Rodrigues não é ainda profissional, como sublinha ao afirmar-se "jornalista, mas na condição de formanda".
Fica a recomendação de Joaquim Furtado:
«CONFORME O SUBDIRECTOR AMÍLcar Correia, editor desta peça, "o trabalho de um estagiário nas redacções ou delegações do jornal é devidamente enquadrado pelos respectivos editores das secções para as quais os textos são produzidos e pelos directores de fecho em funções".
Sendo natural que neste enquadramento não haja uma especial preocupação com a prevenção de situações como esta (aspectos primários na aprendizagem universitária) parece natural que, a partir de agora, passe a haver. Poderá, pelo menos, evitar casos de ingenuidade de que - como comenta o director do jornal - este parece ser um exemplo




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"Copyright na Net" 2

Nos dois casos, mal chegaram à direcção do jornal as acusações de plágio, houve recurso à rubrica "O Público errou".
Fico com dúvidas se em casos que, cito, representam "uma grave violação" do Livro de Estilo do jornal, "O Público errou" não é uma opção demasiado leve. Trata-se de um espaço óptimo para correcções de carácter técnico (a gralha morfológica, a legenda que não saiu, o nome mal atribuído, a citação incorrecta), mas quanto à parte deontológica já tenho muitas dúvidas.
Mais, acho a explicação/reposição/defesa do jornal deve ser proporcional à gravidade dos casos. E, portanto, excluo o recurso a "O Público errou" (embora saúde o jornal por ser o único diário generlista que mantém esse bom hábito de reconhecer alguns dos seus erros).
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"Copyright na Net" 1

Joaquim Furtado escreve hoje mais uma excelente crónica na sua coluna de provedor dos leitores do Público.
Uma crónica certeira (nas afirmações), ponderada (sem extremismos), bem informada (participam várias partes) e - já agora - bastante útil para o próprio jornal, que se viu chamuscado nos últimos dias por dois casos de alegado plágio.
Os leitores deste blogue ouviram falar deste caso aqui. Mas não tiveram acesso - por aqui - a mais nenhuma informação suplementar, nomeadamente da Direcção do jornal (e houve-as, nos dois casos, mas ambas nos respectivos suplementos locais, Lisboa e Centro).
Ou seja, sem ser essa a sua primeira intenção, o provedor prestou indirectamente um óptimo serviço ao jornal, que teve - nesta crónica - a oportunidade de se explicar (e um caso até acaba por se revelar um pouco diferente do que parecia). E, claro, aos leitores.
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