Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quarta-feira, setembro 06, 2006

Aconteceu!

Descubra as diferenças entre:

«"Alunos têm um discurso muito pouco romântico"»

e

«Melhores alunos do Secundário aliciados para a investigação»

(são duas notícias sobre o mesmo assunto, escritas no mesmo jornal, do mesmo dia, em secções diferentes, ambas a abrir, por jornalistas diferentes)
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Utópicos (o arquitecto e eu)

Em 20 anos de jornalismo também não vi grandes vantagens em trabalhar num jornal ou numa rádio que tenham outras empresas (mesmo de media) no mesmo universo accionista.
Por isso saúdo a «loucura» de José António Saraiva quando diz que o Sol vai viver sozinho («Estive 22 anos à frente do ‘Expresso’ e nunca vi nenhuma vantagem em estar num grande grupo, mas vi muitas desvantagens», diz).
Estou a falar do ponto de vista jornalístico, claro, que financeiramente pode haver méritos. Mesmo assim, fazendo uma análise global, sou levado a pensar que são mais os problemas:
- quando se sente obrigado (ou se é obrigado) a noticiar as actividades desse grupo, mesmo que - aplicados os critérios gerais de notícia - elas não o fossem;
- quando é obrigado a escolher determinado parceiro, que pode não ser o melhor para os interesses dos seus leitores/ouvintes/telespectadores, marginalizando os outros (e marginalizando-se relativamente aos outros);
- quando se provoca, no fundo, enviezamento informativo;

Um meio isolado é muito mais livre e independente. Mas sem sobrevivência não há independência? Devendo (por sistema) ao banco, aos trabalhadores ou ao patrão, um jornal, uma rádio ou uma televisão nunca são independentes...

PS - 3-0 para o Expresso, com o anuncio da diminuição do preço de capa. A luta está mais quente do que nunca
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