Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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sexta-feira, setembro 07, 2007

Quando não há jornalismo fica o quê?

Sou dos que acreditam que o jornalismo - ainda que entendido, provavelmente, de uma maneira mais larga - não só vai continuar a ser importante como, com a abundância de fontes através da internet, vai ser cada vez mais necessário.
Abundância de fontes não significa informação tratada nem hierarquizada. Significa que essas fontes, muitas vezes, tentarão não ser desagradáveis ou inconvenientes com hipotéticos clientes.
Vem isto a propósito dos títulos da newsletter da Marktest. Vejamos os dois primeiros exemplos do envio de hoje (e, como se percebe pela própria newsletter enviada via e-mail, o título será determinante para fazer a hiperligação para o texto completo):
Aí está a Família Superstar
Consulte a análise da MediaMonitor da estreia deste programa transmitido pela SIC». Foi uma boa estreia? Má» Não se sabe.
- «Festival Eurovisão de Dança
A RTP transmitiu o Festival Eurovisão de Dança, cuja análise de audiências foi feita pela MediaMonitor» E teve boa adesão por parte dos espectadores? Foi um fracasso? Não se sabe.
E não se sabe porque - parece-me - a Marktest evita dizê-lo declaradamente. Tem outra cultura e outra abordagem da informação (quer manter-se o mais neutral possível em relação aos três canais). Uma coisa é certa, nenhum jornal faria uma notícia com estes títulos (no primeiro caso, os resultados parecem ter sido bons para a SIC, com a liderança em determinado horário, e no segundo foi um verdadeiro sucesso para a RTP)
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