Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quinta-feira, janeiro 26, 2006

Os direitos dos entrevistados (e os blogues)

Quem dá uma entrevista perde o controlo sobre a capacidade de editar o que foi dito (de fazer excertos, de recusar o que for considerado a mais), mas isso não significa que o entrevistado não tenha o direito de reclamar se - mais do que por algum erro formal - o espírito das suas declarações foi modificado.

Como é que o entrevistado faz valer os seus direitos? A comunicação social, genericamente, nunca deu muitas hipóteses aos reclamantes, pelo que, estes, passaram a aproveitar a internet para fazer valer os seus pontos de vistos.

Esta é a ideia central de um artigo do Courrier Internacional desta semana chamado "Guerra da informação nos blogues", em que se dá conta que "cada vez mais indivíduos e instituições publicam na internet as transcrições das suas conversas com jornalistas. Uma prática que coloca estes últimos sob maior escrutínio, obrigando-os a rever os seus métodos de trabalho".

O artigo traduz este de Katharine Q. Seelye, Web puts a new spin on news gathering, publicado no The New York Times.
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Aconteceu: o anonimato como notícia!

Um fax forjado para tramar alguém pode dar uma notícia? Não.
E se não há certezas sobre se o fax foi forjado? Investigue-se, mas sem noticiar até haver certeza.
Mas se o fax envolve pessoas conhecidas? Pior.
No entanto, o tal fax já circula pela net e há muita gente a saber... Isso é um rumor, não é jornalismo.

Estas formulações parecem estúpidas, de tão básicas. Mas por aquilo que me disseram deram origem a mais do que uma notícia. Pelo menos aqui.

(O remetente pelos vistos não existe; o destinatário garante que não o recebeu; e forjar um fax e fazê-lo circular pela internet, anonimamente, é elementar).
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