Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quinta-feira, abril 14, 2005

JC: duas rádios; dois estilos?

Duas notas prévias:
1) Tenho "interesses" na emissão da TSF de que falarei;
2) Sei que a Antena 1 emitiu, ao longo da semana, várias reportagens sobre a Casa da Música.
Dito isto gostava de partilhar algumas reflexões de "jornalismo comparado": sendo o noticiário mais importante na rádio o das 8 da manhã, há obviamente um cuidado especial com os conteúdos que lá colocamos.
Hoje, dia de abertura da Casa da Música, a TSF e a Antena 1 dedicaram os primeiros (mais ou menos) dez minutos ao assunto.
Mas enquanto o tempo na A1 foi dividido (apenas) entre a ministra da Cultura e o responsável Couto dos Santos (com emissão em directo da Casa), a da TSF, nos moldes habituais, gastou o tempo da seguinte forma: reportagem em directo, com descrição do grande auditório (2'20); peça com Isabel Pires de Lima (1'); som Rui Rio (1'), som Pedro Burmester (1'); informações sobre o concerto de logo;
A lógica deste texto é mostrar duas concepções do jornalismo, uma claramente mais institucional, formal e, de certa forma, oficial; outra mais dinâmica, mais "irreverente". E não é que elas acabam por coincidir com uma certa imagem pública das duas rádios?
(Obviamente, que eu prefiro a segunda, mas para este caso é indiferente)
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"Nenhum", mesmo?

Ontem a Renascença apostou numa notícia relacionada com o fim das listas de espera para intervenções cirúrgicas nos hospitais públicos.
Mas a formulação parece-me perigosa: "Acabaram as listas de espera de vários anos para cirurgia. Nesta altura, nenhum dos portugueses à espera de operação tem registo anterior a 2002 e o tempo médio de espera é inferior a um ano."
Nenhum, mesmo?
É verdade que as notícias nem sempre precisam de ter uma fonte citada, e esta, directamente, não tem* (a fonte, sobretudo em «on», poderia assumir a responsabilide). Mas é curioso como um responsável político, que fala nessa notícia, diz qualquer coisa como "No norte praticamente já não temos...".
Ora entre "nenhum dos portugueses" e "praticamente..."...

* Provavelmente a notícia que foi para o ar pode não coincidir com a versão on line, mas o essencial é que, quando ouvi a primeira vez, estranhei a garantia e comentei para quem me acompanhava no carro: nem um, sequer?
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