Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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segunda-feira, janeiro 23, 2006

Notas da noite eleitoral

Como se explica que "a TVI [que] menorizou claramente a eleição do presidente da República, não indo além do básico" (JN de hoje, pág 12) tenha liderado as audiências de ontem à noite?

A SIC, pelo seu lado, não conseguiu colocar a noite eleitoral nos cinco programas mais vistos (e já nas anteriores eleições foi assim), sendo suplantada pela RTP e pelos jornais do almoço.

A TVI foi a única que começou às oito em ponto, o 007 acabou (acabou?) 10 segundos antes da imagem anunciar «Cavaco Presidente». E isso compensou. A RTP e a SIC começaram uma hora antes.

Sócrates foi incorrecto, ao atropelar Alegre, mas as televisões e as rádios não tinham alternativa: não havia grande expectativa quanto a eventuais novidades de Alegre e o PS foi um dos grandes derrotados. Alías, a falta de concertação (ou de bom senso) provocou o que Inês Nadais descreve no Público de hoje: "Jerónimo interrompeu Marques Mendes, Cavaco interrompeu Jerónimo, Alegre interrompeu Cavaco, Sócrates interrompeu Alegre. Pela primeira vez, não foram os espectadores a fazer zapping: foram as próprias televisões".

Nota final: Mais uma vitória para o currículo de Luis Paixão Martins, a quem Ricardo Costa chama de Karl Rowe português no Diário Económico de sexta-feira. Um bocado forte, não Luís?
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(En) comendas

Jorge Sampaio condecorou na semana passada várias "personalidades", entre elas o advogado Morais Leitão, o empresário Rui Nabeiro, Murteira Nabo ou Pinto Balsemão, todos com a mesma distinção.
No Expresso de sábado, pág. 15: "Sampaio condecora Pinto Balsemão". 10 linhas de texto, com uma foto a cores: Pinto Balsemão a receber a comenda.

É curioso este comportamento: os empresários de média reclamam - e eu acredito - a máxima independência nas suas redacções - menos quando se trata de si próprios!

Das duas uma: ou há instruções das administrações para valorizar os factos em que são protagonistas ou são os jornalistas a auto-censurarem-se. De qualquer uma das formas é perigoso. (penso que o Expresso não noticiaria se Balsemão não tivesse recebido a comenda).

(uma nota: estou a valorizar este caso porque ele surge na linha de outros que se passaram nos últimos tempos no Expresso, várias vezes aqui referidos).
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