Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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terça-feira, julho 18, 2006

Um leitor do JN, um blogue;

Os blogues permitem- entre outras coisas - especializar a informação.
Este é de um leitor do JN. Sobre o JN e os seus leitores. Só.

PS - conheço o autor; foi meu aluno.
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«Apenas divulgação, promoção»

Eduardo Cintra Torres, no último «Olho Vivo» (16/7/06), questiona algo que não tem tido a devida atenção, «a crescente dificuldade do jornalismo em distinguir-se da divulgação [será uma forma de jornalismo, a divulgação?] ou até da publicidade».
Com este exemplo, entre outros:
«Veja-se o caso do programa 'sucesso.pt' na SICN (...). Divulga 'casos de sucesso' empresariais e apresenta depressa e bem livros novos na área económica. Todavia em termos jornalísticos, questiono se as reportagens sobre as empresas são equilibradas. Nas que vi, as empresas divulgadas são impolutas; não têm problemas internos; tudo o que fazem está certo e justifica o sucesso. Ler o resumo das reportagens do programa no site da SIC assemelha-se a ler comunicados de imprensa das empresas divulgadas: onde estão os critérios jornalísticos, o equilíbrio, o contraditório, etc?»
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Acreditar em tudo o que nos dão...

Alguém acredita que a Colombia é o segundo país do mundo «onde se vive melhor e mais tempo com menos impacto no meio ambiente», ou seja onde se vive com mais felicidade? Eu não.
Alguém acredita que entre 11 países da Europa, os bancos portugueses estão em primeiro lugar, com as melhores agências bancárias (à frente da GB, Alemanha, França, Espanha ou Itália)? O BPI é o melhor d(ess)a (parte da) Europa, o Millennium está em terceiro, o Totta em quarto, o BES em 11º e a CGD em 12º. Eu não.
E contudo o «índice planeta feliz» e o índice bancário da Lafferty fizeram no passado fim de semana manchetes do Público e do Expresso/Economia, respectivamente.
Nos Estados Unidos (principalmente) mas também na Europa a indústria dos estudos e das pesquisas tem grande expressão e justifica a sua viabilidade com uma obrigatória exposição mediática. Mesmo que a credibilidade das suas conclusões seja muito duvidosa.
Reproduzir acriticamente é um dos problemas do nosso jornalismo.
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