Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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segunda-feira, fevereiro 19, 2007

Um artigo de opinião ou uma notícia?

«"É que o 'Diário de Notícias' transformou-se na redacção com a maior densidade de blogues do País", ironizou a mesma fonte» no Jornal de Negócios de hoje, num bom trabalho sobre as mudanças no Diário de Notícias («Oliveira dá chicotada psicológica e quer ponta-de-lança gratuito»).

Fora de contexto, esta frase significa uma coisa; no contexto do JdN, o que a fonte anónima quer dizer é que «Oliveira não queria que o DN ganhasse cada vez mais opinião e menos notícias».

E cito-a, não por causa da ironia com os blogues mas porque também a mim me parece que este é um erro típico da chamada imprensa de referência em Portugal: o excesso de opinião. No limite, e por muito demagógico que possa parecer, o tempo que um jornalista ganha a escrever um artigo de opinião poderia ser melhor empregue a investigar uma notícia. (o Público reduziu a opinião nesta reformulação, parece-me)
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Do famoso plágio (e não só)

Através do blogue Mesa Redonda tomei conhecimento de mais uma denúncia de plágio, envolvendo desta vez uma rádio local de Lagos.
Os responsáveis pelo blogue não deixam margem para dúvidas, mas - sobretudo por ser um espaço anónimo - ouvi a gravação em causa e li os textos originais (que me forneceram, a pedido).
Não parece dúvidas de uma enorme coincidência entre os textos lidos pelo jornalista (?) e os textos citados no postal do Mesa Redonda.
Há contudo um pormenor que escapa ao blogue: no primeiro texto o jornalista lê a notícia da Lusa e cita-a (e não ao Portugal Diário); na segunda e na terceira notícias (Portugal Diário e Diário Digital) não há qualquer atribuição e na quarta, tal como no original do Diário Digital, fala-se na Associated Press.
A citação de uma fonte faz a diferença na questão do plágio, embora só no primeiro caso se possa falar em fonte directa (nos restantes fica uma suspeita forte...).
O mais lamentável, neste caso, é contudo outra coisa: a não preocupação em adaptar as notícias em causa a uma linguagem radiofónica, o que as torna inaudíveis (frases lidas na íntegra e entre aspas, nomes impronunciáveis, parágrafos enormes; não é jornalismo é papagaísmo). Mas como são as nossas rádios locais, estamos habituados a aceitar tudo! A mim custa-me.
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[Nas últimas semanas, sobretudo, por razões que imagino estejam ligadas à transição do Blogger para o universo da Google, alguns comentários perderam-se - foram para a lista de spam, foram automaticamente rejeitados ou nem os vi; isso suscitou, em alguns casos, reacções adversas por parte de leitores directamente envolvidos. E a quem peço desculpa. E alguma compreensão. Mais uma vez - e como está descrito no guia ético e técnico - só são rejeitados os comentários ofensivos/mal intencionados ou completamente fora do assunto; mais: se o comentador não for anónimo explico sempre a recusa]
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