Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quinta-feira, maio 03, 2007

ACT "Este jornal não oferece brindes nem faz promoções"... mas se forem livros...

Tanto elogiei José António Saraiva pela sua aposta em recusar marketing associado e eis que, via DN, ficámos todos a saber que «O jornal Sol está a preparar uma colecção de livros de História para distribuir entre Junho e Agosto com a sua edição semanal»!

De qualquer forma, e para que não restem dúvidas nos leitores, Saraiva diz que «Não se trata de um brinde, mas sim uma forma de melhorar as vendas, que são sempre mais fracas no verão» e que «produtos de qualidade como estas colecções editoriais(...) são sempre "produtos de louvar e de prestígio e não brindes ou promoções».

É um direito do Sol mudar de opinião. Já é mais triste chamar burros aos leitores.

ACT a 10/05/07: JAS no DE de hoje: «(...) Mas também não vamos oferecer, vamos vendê-lo. Não pode ser visto como a mesma coisa? Acha que é o mesmo vender e oferecer?». Mas a questão não é essa! O Público ou o DN também não dão, vendem. Até as ferramentas do Bob Construtor, no 24H, eram pagas...
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Comunicar com o DN via SMS

Continuo muito interessado em perceber o que será o DN - e penso que neste momento ainda não é possível ter uma ideia definitiva daquilo que será o «produto final».

Hoje anuncia-se a criação de um número para envio de «opiniões e comentários através de SMS». Ou seja, através de telemóvel é possível interagir com o jornal, «um novo espaço dedicado aos leitores e inédito na imprensa em Portugal(...). Uma forma mais fácil, eficaz e moderna de interacção com os leitores» (pág. 7).

Aparentemente esta ideia terá um valor pouco mais do que simbólico, mas retiro desde já duas notas:
- o público tradicional do DN não ligaria ao jornal através de SMS; há, aqui, a previsão de (chegada de) novos públicos? ou é apenas uma adaptação aos novos tempos?

- está mais do que visto que uma das tendências no novo paradigma comunicacional é a vontade/possibilidade dos receptores tentarem influenciar os conteúdos; em Portugal os órgãos de comunicação social tradicionais têm explorado pouco as potencialidades de interacção abertas pela internet. Há, da parte da nova direcção do DN, essa preocupação?
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