ACTx2 Augusto Santos Silva explica o «jornalismo de sarjeta»
Várias vezes me senti impelido a comentar (negativamente) a afirmação «jornalismo de sarjeta» do ministro Augusto Santos Silva.
Não o fiz por duas razões:
- porque tenho boa impressão, sobretudo intelectual, do ministro (apesar de não concordar, obviamente, com tudo o que faz ou diz) e custar-me a acreditar que assim fosse;
- porque uma frase fora do contexto pode significar uma coisa muito diferente, como também aprendi por experiência própria;
Por isso optei por pedir ao ministro que explicasse o que quer dizer com «jornalismo de sarjeta». Augusto Santos Silva acaba de enviar a sua resposta, que por ser um pouco longa está na íntegra aqui.
Um excerto que considero relevante:
«(...) para dar um exemplo real e recente: quando alguns jornais e jornalistas persistiram na identificação de uma criança vítima de abusos horríveis, apesar de repetidamente avisados da ilegitimidade de um tal comportamento, podemos ou não usar, para exprimir a nossa indignação, a expressão “jornalismo de sarjeta”? Eu acho que podemos e devemos (...)».
Depois de ler as explicações do ministro fiquei satisfeito por não o ter criticado com base no soundbite...
ACT a 26/04/07: A expressão pegou... ; e esta é sem dúvida uma pergunta interessante, de PedroF: se é o ministro a citar a questão como exemplo, porque é que a nova lei/estatuto não clarifica esta "confusão dos papeis de jornalista e de entertainer"? Act a 27/12: Da proposta de novo Estatuto do Jornalista - art 14º, alínea l) «1 - Constitui dever fundamental dos jornalistas exercer a respectiva actividade com respeito pela ética profissional, competindo-lhes, designadamente: (...) Abster-se de participar no tratamento ou apresentação de materiais lúdicos, designadamente concursos ou passatempos, e de televotos». A pergunta é: será a formulação clara e suficiente?
Não o fiz por duas razões:
- porque tenho boa impressão, sobretudo intelectual, do ministro (apesar de não concordar, obviamente, com tudo o que faz ou diz) e custar-me a acreditar que assim fosse;
- porque uma frase fora do contexto pode significar uma coisa muito diferente, como também aprendi por experiência própria;
Por isso optei por pedir ao ministro que explicasse o que quer dizer com «jornalismo de sarjeta». Augusto Santos Silva acaba de enviar a sua resposta, que por ser um pouco longa está na íntegra aqui.
Um excerto que considero relevante:
«(...) para dar um exemplo real e recente: quando alguns jornais e jornalistas persistiram na identificação de uma criança vítima de abusos horríveis, apesar de repetidamente avisados da ilegitimidade de um tal comportamento, podemos ou não usar, para exprimir a nossa indignação, a expressão “jornalismo de sarjeta”? Eu acho que podemos e devemos (...)».
Depois de ler as explicações do ministro fiquei satisfeito por não o ter criticado com base no soundbite...
ACT a 26/04/07: A expressão pegou... ; e esta é sem dúvida uma pergunta interessante, de PedroF: se é o ministro a citar a questão como exemplo, porque é que a nova lei/estatuto não clarifica esta "confusão dos papeis de jornalista e de entertainer"? Act a 27/12: Da proposta de novo Estatuto do Jornalista - art 14º, alínea l) «1 - Constitui dever fundamental dos jornalistas exercer a respectiva actividade com respeito pela ética profissional, competindo-lhes, designadamente: (...) Abster-se de participar no tratamento ou apresentação de materiais lúdicos, designadamente concursos ou passatempos, e de televotos». A pergunta é: será a formulação clara e suficiente?
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