A posição da Renascença (1)
Pergunta-me José Maria Brito (sj), leitor regular deste blogue, se a decisão da Renascença de se manifestar publicamente contra o aborto não é uma «atitude que aumenta a transparência. Julgo que se outros meios de comunicação social o fizessem a sua relação com que lê, ouve ou vê seria mais «séria». Que pensa disso? Não lhe parece que um certo «mito da neutralidade» acaba por conduzir a um jornalismo mais condicionado, por não se assumir de forma clara alguns pontos de partida de que é difícil de que um jornalista se separe?»
Não, não acho.
Do meu ponto de vista os órgãos de comunicação social não devem assumir posições em questões que fracturem os seus leitores/ouvintes/telespectadores (e mesmo os seus jornalistas). Nas outras, nas unânimes, também não há necessidade...
Quando se fala em transparência, parte-se do pressuposto de que esse órgão defende determinada posição mas não tem coragem de a assumir. Nesse caso, seria melhor assumi-la. Mas eu não acho que um jornal, uma rádio ou uma televisão tenham de defender posições. Ideológicas ou não. Mito da neutralidade? É o que eu penso.
A Renascença fê-lo e percebe-se. Mas não significa que concorde.
PS - Que posição precipitada a do meu camarada Avelino Rodrigues, do Conselho Deontólogico do Sindicato, de acordo com um texto da Lusa. Por um lado, diz que «É absurdo que um órgão de informação tome uma posição colectiva sobre uma matéria deste teor», mas por outro acrescenta que «não podemos impedir que um órgão de comunicação social tenha as suas posições ideológicas». Em que é que ficamos? Diz Avelino: «é uma questão complicada». Não seria melhor, digo eu, esperar pela reunião do CD para uma posição mais alicerçada? Aliás...
Não, não acho.
Do meu ponto de vista os órgãos de comunicação social não devem assumir posições em questões que fracturem os seus leitores/ouvintes/telespectadores (e mesmo os seus jornalistas). Nas outras, nas unânimes, também não há necessidade...
Quando se fala em transparência, parte-se do pressuposto de que esse órgão defende determinada posição mas não tem coragem de a assumir. Nesse caso, seria melhor assumi-la. Mas eu não acho que um jornal, uma rádio ou uma televisão tenham de defender posições. Ideológicas ou não. Mito da neutralidade? É o que eu penso.
A Renascença fê-lo e percebe-se. Mas não significa que concorde.
PS - Que posição precipitada a do meu camarada Avelino Rodrigues, do Conselho Deontólogico do Sindicato, de acordo com um texto da Lusa. Por um lado, diz que «É absurdo que um órgão de informação tome uma posição colectiva sobre uma matéria deste teor», mas por outro acrescenta que «não podemos impedir que um órgão de comunicação social tenha as suas posições ideológicas». Em que é que ficamos? Diz Avelino: «é uma questão complicada». Não seria melhor, digo eu, esperar pela reunião do CD para uma posição mais alicerçada? Aliás...
posted by João Paulo Meneses @ quinta-feira, novembro 30, 2006
15 comments
Blogouve-se mudou para um endereço próprio: http://blogouve-se.com. Comente na nova morada.
