Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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domingo, outubro 16, 2005

(act) Ainda Felgueiras

Já estive para escrever sobre o assunto, mas o facto de ter de fazer um debate com os candidatos à Câmara de Felgueiras, no penúltimo dia de campanha, inibiu-me.
Agora não sinto qualquer constrangimento e, depois do que li na primeira página do Expresso de ontem, não tenho dúvidas de que faz sentido chamar a atenção - penso não ser o primeiro a fazê-lo - para a excessiva exposição da jornalista da RTP Sandra Felgueiras na campanha da mãe (é raro deixar críticas personalizadas, mas neste contexto não há alternativa).

Desde logo, não é por ser jornalista, muito menos na RTP (ou noutro meio qualquer), que Sandra tem os direitos cívicos cortados.
Mas a imagem externa (a reputação...) de um jornalista é parte integrante do seu maior património, a credibilidade.
Sandra afastou-se da RTP durante a campanha? Nem podia ser de outra forma. Mas vai regressar, de imediato com o mesmo grau de exposição pública? Nesse caso, faz mal.

O que acabei de escrever era o que pretendia ter deixado durante a campanha eleitoral. Ontem, no Expresso, está escrito que Sandra "terá proposto a Joaquim Freitas, um dos denunciantes do «saco azul» uma entrevista televisiva em que este negaria tudo o que disse à PJ na investigação".
Sandra Felgueiras nega, mas a PJ diz ter o texto que terá sido entregue a Joaquim Freitas com as perguntas e respostas da tal entrevista televisiva.

No julgamento que começa em breve se saberá como é. Mas já não tenho dúvidas sobre a excessiva exposição da jornalista em todo este caso. Do meu ponto de vista, a sua credibilidade sai, muito ou pouco, abalada. Espero sinceramente que saiba fazer uma deontológica travessia do deserto quando voltar à RTP.

ACT a 17/10/05: via Ponto Media cheguei a desenvolvimentos. Nomeadamente à última ságina do DN de hoje, em que Sandra nega quaisquer pressões (não há ligação para o DN). Três notas rápidas: acho perfeitamente natural que a jornalista negue (o contrário é que seria estranho); como jornalista, desejo que ela esteja certa; a notícia cita Luís Marinho, com o director da RTP a dizer que Sandra está de baixa há duas semanas. Como tem sido vista na campanha de Felgueiras, só se pode concluir que a baixa médica serve para tudo. Até para fazer uma campanha eleitoral (será que Luís Marinho não a viu nas imagens da sua televisão???)
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Isto ainda é verdade?

"O maior, o mais influente, o mais respeitado e temido, o mais ansiosamente esperado no fim de semana pelos leitores".
(excerto do discurso de despedida de José António Saraiva, transcrito pelo Expresso de ontem)
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