Não entendo
A lei é clara sobre a incompatibilidade entre o jornalismo e actividades de relações públicas ou promocionais (obrigando à entrega - simbólica - da carteira profissional).
Por outro lado, periodicamente a acumulação de funções é denunciada como uma perversão do jornalismo.
Por isso é que este caso (que só conheço pela notícia em ligação) me incomoda - não está em causa uma hipotética acumulação de funções, que não terá acontecido, mas se a pessoa em causa desempenhava uma actividade de relações públicas* mantendo a carteira profissional (como se pode ler), há algo que não bate certo.
Pior, segundo a mesma notícia, foi o Sindicato dos Jornalistas que patrocinou a queixa do ex-assessor de João Soares. A que título?
Obviamente, nada me move contra a pessoa em causa (que não conheço pessoalmente mas sei ser um veterano profissional), e congratulo-me que os seus direitos tenham sido acautelados em tribunal. Mas incomoda-me que o (meu) Sindicato dos Jornalistas aceite seguir um processo de alguém que desempenhava funções incompatíveis com o jornalismo. Até me parece que o caso abre precedentes perigosos para o futuro...
* relações públicas, sim. Não no sentido dos que trabalham em discotecas ou restaurantes de luxo, mas da actividade de assessoria de imprensa.
Por outro lado, periodicamente a acumulação de funções é denunciada como uma perversão do jornalismo.
Por isso é que este caso (que só conheço pela notícia em ligação) me incomoda - não está em causa uma hipotética acumulação de funções, que não terá acontecido, mas se a pessoa em causa desempenhava uma actividade de relações públicas* mantendo a carteira profissional (como se pode ler), há algo que não bate certo.
Pior, segundo a mesma notícia, foi o Sindicato dos Jornalistas que patrocinou a queixa do ex-assessor de João Soares. A que título?
Obviamente, nada me move contra a pessoa em causa (que não conheço pessoalmente mas sei ser um veterano profissional), e congratulo-me que os seus direitos tenham sido acautelados em tribunal. Mas incomoda-me que o (meu) Sindicato dos Jornalistas aceite seguir um processo de alguém que desempenhava funções incompatíveis com o jornalismo. Até me parece que o caso abre precedentes perigosos para o futuro...
* relações públicas, sim. Não no sentido dos que trabalham em discotecas ou restaurantes de luxo, mas da actividade de assessoria de imprensa.
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