ACT Meio texto de meio provedor?

Rui Araújo inaugurou ontem uma nova forma de tratar os temas como provedor dos leitores do Público, o meio texto.

Nesse meio texto, Rui Araújo dá voz a meia dúzia de textos sobre o comentário da direcção do Público a um texto de Isabel do Carmo nesse jornal. E remata:
«As dúvidas e as questões apresentadas são legítimas e, decididamente, importantes.A análise deste caso prosseguirá, portanto, no próximo domingo»

Pergunta: o que fez o provedor além de se limitar a um crtl+C-ctrl+V desses seis textos?

PS - O meio texto em causa tem, na restante meia página, o cartoon de Vasco. Mas prefiro pensar que RA não escreveu o meio texto por falta de espaço...

ACT a 4/9/06: Rui Araújo concluiu o asssunto na crónica de ontem. Uma semana depois reforço o que aqui escrevi: a primeira crónica não teve qualquer eficácia e, penso, tornou-se panfletária (consciente ou inconscientemente, foi uma forma de o provedor tomar partido, neste caso contra a decisão da direcção do jornal e, penso, de radicalizar posições - o provedor é dos leitores mas não é contra o jornal). A crónica da semana passada é uma página perdida, parta perceber o que se passou basta ler a desta semana («Foi a crónica de opinião que mais reacções suscitou nos meus oito meses como Provedor»). Entretanto, o provedor contactou-me por conta do meu texto, embora tenha pedido reserva quanto ao conteúdo da mensagem. Explicou-me, contudo, que há um espaço combinado desde que entrou e que na semana passada respeitou-o. Como se pode perceber, nesta já não.

Quando uma cena gira pode ser jornalismo feio

«Será que a SIC não compreende que os seus jornalistas não podem tomar o partido de uma das partes num conflito? Nos incidentes da Azinhaga dos Besouros, alguns moradores e uma organização ligada ao BE, "Solidariedade Imigrante", têm resistido às demolições sentando-se nos telhados. Por que razão a jornalista da SIC entrevista alguns moradores em cima do telhado, podendo certamente fazê-la no chão, visto que nada se estava a passar ? Qualquer manual deontológico sobre procedimentos televisivos em conflitos e manifestações é claro em afirmar que os jornalistas não devem tomar posição, o que, neste caso, significa falar de um determinado lugar - o lugar do protesto, o telhado» (Pacheco Pereira no Abrupto)