Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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segunda-feira, junho 18, 2007

Não se pode confiar...

Nas últimas semanas deixei de comprar o Sol. E este sábado, além do DN, comprei também o Expresso.
Compro o Expresso porque o considero, nesta altura, o melhor jornal português e não comprei também o Sol porque - honestamente - não tenho tempo para os ler (e chego a meio da semana ainda com jornais do fim de semana para ler!).

Mas sei que a redacção do Sol terá provavelmente o melhor conjunto de fontes de todo o jornalismo português. E que a agenda (pelo menos) do fim de semana é, muitas vezes, marcada pelo Sol. Ou seja, por outras palavras: não comprei o Sol, acreditando que as rádios e/ou as televisões me diriam se houvesse alguma coisa de relevante. Não disseram. E falharam: o presidente da CIP dá uma entrevista que devia ter sido aproveitada e desenvolvida. Curiosamente esse desenvolvimento aconteceu 24 horas depois, mas com outro protagonista, o presidente da Associação Comercial do Porto. 24 horas depois de Van Zeller dizer o mesmo (e mais!) no Sol. Distracção?
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ACT Os jornalistas e os blogues (e não só...)

Não há muitos casos de directores de jornais portugueses com ligação regular à blogosfera - e de alguma forma a presença de directores na blogosfera pode «legitimar» a presença de outros jornalistas, com menos responsabilidades.
Foi por isso com agrado que descobri o blogue onde David Pontes escreve. O director-adjunto do JN fala do Porto em Portoponto.

PS - curiosamente, cheguei lá por via de um texto, cáustico, na página (no blogue do presidente?) da Câmara Municipal do Porto. Já que faço a ligação, não quero fugir à questão da eventual incompatibilidade, mesmo sabendo que o assunto é polémico: os direitos de cidadania não podem ser diminuídos pelas exigências do exercício jornalístico (excepto no determinado legal), mas eu, no lugar do David Pontes, não teria ido à manifestação (mesmo tratando-se de uma convicção forte da sua parte). Sobretudo no contexto actual de relacionamento com o poder autárquico portuense, o que parece também é. E, daqui para a frente, as posições de DP no jornal serão sempre associadas à sua presença na manifestação. Justa ou injustamente. Dir-se-á que a presença do director adjunto do JN foi um exemplo de honestidade e transparência. Mas foi também uma forma de arrastar o jornal.

ACT a 20/06/07: do editorial de Manuel Carvalho no Publico de hoje: «É deplorável encontrar na página oficial de uma autarquia a tentativa de assassinato de carácter de um cidadão pelo recurso a uma prosa duvidosa (até as ligações familiares são objecto de associação) e a exibição de imagens obtida de forma ilegítima como testemunho»
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