Um caso exemplar: um jornalista longe demais
É, no mínimo, um caso exemplar: o presidente do Beira Mar desmentiu, numa carta enviada a A Bola, uma notícia assinada por um jornalista deste diário.
O presidente do clube de Aveiro reproduz determinadas frases e nega que as tenha dito; o jornalista responde e reafirma, com base numa gravação.
Quem tem razão?
Os dois. Ou nenhum!
É que o que o jornalista de A Bola fez foi reproduzir as palavras do dirigente desportivo numa conferência de imprensa, mas não com "as palavras exactas - a expressão falada não é obviamente tão escorreita que possibilite uma simples transcrição" (como o próprio explica).
Vai daí o jornalista, respeitando o essencial, alterou. E deu azo a que o presidente do Beira Mar protestasse.
Um exemplo:
- o dirigente nega que tenha dito, como veio publicado, que "quem ganha os jogos são os que tiverem os favores dos árbitros"; o jornalista diz que "de facto as palavras foram": "vai ganhar quem tiver sorte, ou seja, para o lado em que o árbitro acordar".
(mais detalhes na página 31 do jornal de 17 de Fevereiro)
O que dizer?
O jornalista foi longe demais. Mas é óbvio que o espírito das palavras do dirigente está lá. Deu, no entanto, azo a que surgisse o protesto.
E também não é verdade que não se possa fazer uma transcrição exacta; as alterações devem ser gramaticais e devem destinar-se a retirar repetições. Não compete ao jornalista julgar a capacidade verbal de cada protagonista!
O presidente do clube de Aveiro reproduz determinadas frases e nega que as tenha dito; o jornalista responde e reafirma, com base numa gravação.
Quem tem razão?
Os dois. Ou nenhum!
É que o que o jornalista de A Bola fez foi reproduzir as palavras do dirigente desportivo numa conferência de imprensa, mas não com "as palavras exactas - a expressão falada não é obviamente tão escorreita que possibilite uma simples transcrição" (como o próprio explica).
Vai daí o jornalista, respeitando o essencial, alterou. E deu azo a que o presidente do Beira Mar protestasse.
Um exemplo:
- o dirigente nega que tenha dito, como veio publicado, que "quem ganha os jogos são os que tiverem os favores dos árbitros"; o jornalista diz que "de facto as palavras foram": "vai ganhar quem tiver sorte, ou seja, para o lado em que o árbitro acordar".
(mais detalhes na página 31 do jornal de 17 de Fevereiro)
O que dizer?
O jornalista foi longe demais. Mas é óbvio que o espírito das palavras do dirigente está lá. Deu, no entanto, azo a que surgisse o protesto.
E também não é verdade que não se possa fazer uma transcrição exacta; as alterações devem ser gramaticais e devem destinar-se a retirar repetições. Não compete ao jornalista julgar a capacidade verbal de cada protagonista!
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