Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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sexta-feira, julho 08, 2005

Ser ou não ser Fórum...

No caso da TSF, e nesta altura, trata-se do programa-estandarte. Na Antena 1 também é um dos programas principais (a ponto de começar no horário-nobre). E até a RR tem o seu espaço para os ouvintes darem opiniões (à mistura com música...).
Infelizmente não há, em Portugal, uma atribuição directa de audiências a cada programa, pelo que não é possível dizer - com rigor - quanto é que os foruns valem em cada grelha. Mas sabe-se que são programas populares e que, principalmente, produzem notoriedade (provocam discussão, geram comentários, trazem novos ouvintes - são, muitas vezes, polémicos).

Muitas vezes me perguntei por que é que, sendo assim, as rádios locais não têm os seus espaços de opinião, agora que a fórmula está devidamente consolidada?
Hoje tive a resposta: ouvi, na Rádio Festival, um fórum chamado "Porto de Abrigo" e percebi que é preciso muito cuidado com os programas de opinião livre e directa, isto quando não é possível garantir uma massa crítica minimamente suficiente. O que hoje ouvi sobre a lei da nacionalidade deixou-me elucidado.
Todas as opinião são legítimas? Claro que sim. Mas cada órgão de comunicação social tem, também, uma função pedagógica. E o programa de hoje parecia, em muitos momentos, a manifestação da Mouraria, depois do pseudo-arrastão!
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Auto-censura

Já o escrevi mais do que uma vez: em 15 anos de TSF a única limitação que senti foi quando tive de noticiar assuntos que interessam ao accionista/proprietário (e não eram coisas da ou sobre a TSF)...
A generalidade dos empresários de comunicação social defende a liberdade de expressão, acredita nas virtualidades económicas do pluralismo e até está preparado para ouvir queixas dos amigos, quando estes são visados por alguma notícia. Agora nas suas próprias coisas...
Nunca fui censurado, mas já fiz, uma ou outra, vez auto-censura!

Por que é que me lembrei disto? Comprei o número de Junho da revista Marketeer. E logo a abrir pode ler-se uma entrevista do director editorial ao (seu) administrador-delegado.
Que termina com esta pergunta: "Um último desejo?"
Não faria sentido que estas entrevistas fossem feitas por jornalistas exteriores à publicação?
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