Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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segunda-feira, julho 03, 2006

A identificação de vítimas de abusos sexuais...

... que se tem verificado, diversas vezes, no recente jornalismo português é algo (de) inexplicável.
Não há ninguém que não a censure, que não a repudie, mas... e contudo ela persiste.

Rui Araújo volta ao tema na (regressada) crónica do provedor do Público. E faz muito bem (José Manuel Fernandes é claro: “Não há nenhuma explicação. Trata-se de erros dos jornalistas que escreveram as notícias que violam as normas do Livro de Estilo e que não foram detectados pelos editores, a quem competia ler com atenção tais notícias”). E, contudo, nada garante que a situação não se volte a repetir. Como se houvesse uma amnésia colectiva contra o bom senso, os livros de estilo, o papel dos editores e a responsabilidade social dos jornalistas...

É que este caso anda a ser discutido, na blogosfera (e nas redacções?) desde meados de Dezembro do ano passado, quando o Público (!) identificou pela primeira vez a bebé de Viseu. Seis meses depois e com tanta atenção da comunicação social, parece estar tudo na mesma...

PS - e vem aí o julgamento dos alegados abusadores!
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ACT Tropelias (de Freitas do Amaral)

«'Freitas cansado no MNE' era a manchete do Expresso em 6 de Maio, justificada por uma longa entrevista (...). A polémica que se seguiu levou Freitas a desmentir 'categoricamente' o nosso título e a afirmar que 'eu é que estou cansado das constantes tropelias do Expresso'. 54 dias depois, Freitas demite-se e confirma tudo o que escrevemos» (in Nota Editorial da primeira página do Expresso de sábado).

Resta acrescentar que Freitas deu, depois da notícia da demissão, uma única entrevista. Ao Expresso!

ACT a 4/7/06: No novo blogue da direcção do Expresso: «Felizmente, tudo foi confirmado. Esperamos que personalidades como Vital Moreira, que acusou a nossa manchete de «canalhice», tenham agora a humildade de nos pedir desculpa. Não lhes fica mal, uma vez por outra, reconhecer que erraram. Por nós, estamos sempre dispostos a reconhecer os nossos erros, mas não a esconder dos nossos leitores aquilo que sabemos que é verdade só porque isso convém politicamente a estes ou aqueles.»
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