Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quinta-feira, agosto 04, 2005

(act) Absurdos do direito de resposta

O Público trouxe, na semana passada, um longo trabalho de investigação de Adelino Gomes, sobre a decisão, de 1974, de queimar livros conotados com o anterior regime.
Ontem, a família do falecido autor desse decreto publicou uma página de direito de resposta (por sinal, bem violenta, por quase se limitar a juizos de intenção). Hoje, Adelino Gomes responde.
Por que é que não respondeu ontem? Porque a lei não o permite.
Insisto numa ideia que já aqui defendi: esta é uma situação que não interessa aos visados (os jornalistas) nem aos leitores.
Quem leu o Público de ontem e não o fez hoje ficou só com uma versão (até porque, ontem, não se avisava do texto de hoje); quem leu hoje não percebeu nada (e o jornal de ontem já foi recolhido...).
Defendo a separação gráfica dos diferentes textos (direito de resposta e esclarecimento do jornalista), mas a publicação simultânea e de preferência na mesma página. De outra forma, com a publicação apenas possível no dia seguinte, prevalece a ideia do jornalista ter a última palavra. Sem necessidade.

Act a 8/8: A família de Rui Grácio voltou às páginas do Público ontem, domingo. E uma das coisas em que insiste é Adelino Gomes "não ter ouvido a principal parte interessada". Adelino responde ao lado: "«a principal parte interessada» num episódio como este, de tomada de decisão político-administrativa, ocorrido no âmbito da acção governativa, é constituído pela equipa em que Rui Grácio se integrava (...). Ouvi os dois ministros, vários secretários de Estado e um dos dois directores-gerais". Tudo dito (penso...).
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