Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quarta-feira, fevereiro 16, 2005

O "ruído" no directo

Hoje no Público (assina José Manuel Rocha):
"Com a campanha eleitoral em curso e os principais candidatos a multiplicarem-se em comícios, o problema da rádio e do repórter voltou à ribalta. Ou seja, o que fazer quando o político faz pausas, à medida que vai desfiando o discurso?
Na forma, o problema de base é que esse espaço (geralmente com palmas dos assistentes) é puro ruído radiofónico. E o repórter não escapa à necessidade de dizer qualquer coisa para que o ouvinte não perca a paciência e mude para algo mais interessante.
A questão é que, na maior parte dos casos e à falta de conteúdos alternativos, o (a) repórter cai no mais óbvio, mas também no mais desagradável, que é fazer uma síntese do que o orador afirmou nos dois/três minutos anteriores.
"

Penso o mesmo. Remeto, aliás, os interessados para algo que escrevi em 26 de Novembro:
"Há, contudo, uma situação em que o ouvinte recusa a intervenção jornalística, preferindo ser ele próprio "testemunha" integral dos acontecimentos: os directos de discursos, conferências de imprensa ou debates parlamentares.
Nestes casos de transmissão em directo, o ouvinte quer o jornalista intervenha o menos possível. E como é que o jornalista intervém? Pontuando, ciclicamente, essas intervenções, com pequenos resumos, pequenos enfoques, notas que precisam de ser reforçadas.
Como essas notas são feitas durante as intervenções (e não, apenas, no final), há - em muitos casos - um corte no discurso, uma interrupção na compreensão do discurso.
Já expliquei a muitos ouvintes que essas notas se destinam, sobretudo, aos que entretanto chegam e perderam o que aconteceu até aí. Mas acho que não convenci nenhum deles. Ficam irritados, acham que lhes estamos a chamar atrasados e que dispensam muito bem esses comentários (muitos deles - reconheça-se - meramente repetitivos). Provavelmente têm razão!
"

"
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