Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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segunda-feira, outubro 08, 2007

ACTx3 Sou eu que não quero ver...

ou isto, dito por José Rodrigues dos Santos:
«José Rodrigues dos Santos, em declarações ao DN, tentou esvaziar a polémica, garantindo que as acusações de ingerência da administração e do poder político incidem "exclusivamente sobre o período" em que foi director de informação, "de 2002 a 2004"»

não bate certo com isto, escrito por Pacheco Pereira:
«Agora que José Rodrigues dos Santos admitiu a razão daquilo que entra pelos olhos dentro de todos os que são telespectadores da RTP, mais um motivo para continuar a denunciar os Momentos-Chávez de José Sócrates, que se repetem dia após dia, com pretexto ou sem ele, agora cada vez mais solitários apenas com a RTP a dar prime time a todas as sessões de propaganda do governo»?

ACT1 a 9/10/07: a capa e o título interior da Pública não ajuda: «A adminstração da RTP passa recados do poder político». Não seria melhor «passou»?
ACT2: como leitor do Público não sei se estranho mais o facto de a entrevista ter sido feita em Agosto ou o director não saber, durante meses, que ela existia.
ACT3 a 11/10/07: «[José Rodrigues dos Santos] Enviou as primeiras respostas no final de Agosto, e a partir de então a troca de e-mails prolongou-se até à semana anterior à saída da entrevista. Isso sucedeu porque Rodrigues dos Santos se afastou do tema das perguntas (que era o mesmo para todos os pivôs contactados), tecendo os comentários fortes que se conhecem, que exigiram novas questões. Mais: o PÚBLICO decidiu que não devia publicar a entrevista sem colher reacções às suas acusações, o que suscitou trocas de e-mails entre a jornalista que assina o trabalho e o próprio Rodrigues dos Santos. Em suma: o trabalho foi publicado quando ficou em condições de ser publicado, nem antes, nem depois», da nota da Direcção do Público.
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Para o provedor do Público, que se esqueceu de apagar as chamas

Caro Rui,
A tua crónica de ontem é (também) um exercício sobre a função do provedor dos leitores. Para que servirá? Para identificar e apontar os erros ou para (tentar) explicar aos leitores o que é que se passou com determinado texto? É a página do provedor dos leitores ou uma versão alongada de «O Público Errou»? É um acto construtivo ou apenas «deixar andar»?
Ontem gastas 6500 caracteres a apontar um erro. Não era preciso tanto. Aos mil caracteres já se percebera que era um disparate. Com mais mil o assunto ficava morto e enterrado. Mas não. Há como que um certo hedonismo em ficares a desfazer o tal texto. A uma certa altura a redundância é total. É como se o bombeiro se tivesse esquecido de apagar o incêndio, tendo ficado fascinado pelas chamas, até elas se extinguirem.
Ou seja, do meu ponto de vista, levando a imagem mais além, esqueceste-te de fazer o teu trabalho: como é que coisas como aquela acontecem? Como é possível concentrarem-se tantos erros num só texto? Não é voyeurismo, Rui, é análise das rotinas de produção que permitem que coisas como aquelas acontecem. Ainda por cima a tua crónica tem um título tramado: «A onda do deixar andar». Para ser uma onda e estar no Público, parece-me grave.

PS - não sei se é o caso, mas fica a ideia de que alguém «criou» sobre uma informação de agência. Nesse caso, como neste, mais valia uma reprodução acrítica...
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