Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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quinta-feira, julho 14, 2005

O meu colesterol é 230, interessa?

Primeiro contaram-me mas, perante a minha incredulidade, fizeram-me chegar o texto, para que não ficassem dúvidas!

O ministro da Saúde iniciou esta semana aquilo que o seu assessor de imprensa chama de “briefing” quinzenal com jornalistas.
Até é de elogiar a disponibilidade do ministro.
Mas o pior vem a seguir:
- as declarações do ministro podem ser registadas, “desde que não façam uso de registo áudio ou vídeo” e divulgadas (a não ser que algum tipo de confidencialidade seja pedido expressamente);
- o assessor do ministro quer um “grupo de jornalistas fixo” e pede para ser avisado “com razoável antecedência” quando houver alterações;
- o assessor pede que lhe sejam indicados: os números de telefone fixo e telemóvel dos jornalistas destacados (dois por órgão), o endereço de e-mail e – o melhor vem agora – “os dias de folga quando fixos e os dias de férias”;

Ou isto não é para levar a sério ou então é preocupante: um ministro chama os jornalistas para encontros regulares em que não é possível fazer registo de som ou imagem?! E quer saber os dias de folga e férias dos jornalistas? Prefiro pensar que não o levaram a sério…

PS – (que eu tenha visto) A Lusa e o Público transcreveram declarações do ministro nesse encontro; o DN não.
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