Defender a auto-regulação e recusar os provedores?

(Não há ninguém que não defenda a auto-regulação; mas quando se trata de dar o primeiro passo...)

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segunda-feira, junho 06, 2005

Separar jornalismo da publicidade

Este é, provavelmente, o 37º (!) texto em que tento denunciar a (evidente) promiscuidade entre jornalismo e publicidade: vê-se cada vez mais jornais e revistas a publicar publicidade com aparência de jornalismo.
Hoje volto a falar de O Comércio do Porto, e já não é a primeira vez. Qual é a novidade?
Hoje no Comércio e na Capital há um mesmo texto, comercial (ambos na página 15 de cada edição), mas se o primeiro dos dois jornais da Prensa Ibérica muda o tipo de letra do título, do destaque e do corpo do texto, a Capital apenas muda o do título (relativamente àquele que é o tipo habitual das páginas informativas).
Ou seja, estou certo que a maior parte dos leitores lerá este "Complexo termal de sonho onde a água é a estrela principal" como se fosse uma notícia. No cabeçalho de uma e de outra nem publicidade (e é!) nem publireportagem (uma formulação híbrida, com alguma honestidade). Apenas "Especial Balndeário de Mondariz" (no Comércio) ou "Especial" (na Capital).
Mas a ideia subjacente a estes especiais, travestidos de notícias, não é mesmo enganar os leitores? Apanhar os mais incautos? Já agora, isso não é desonesto?

Penso que o Conselho Deontológico do Sindicato devia analisar e denunciar este tipo de informação. Porque ela descredibiliza o jornalismo, abre precedentes muito graves e adultera a relação de confiança com os leitores. E não há pior do que a conjugação destes três factores!
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Portugal no seu melhor (coisas que fascinam...)

(da página de Política de hoje do Correio da Manhã, sublinhados meus)

"GONÇALO TENTOU FUGIR
Gonçalo da Câmara Pereira tentou fugir da ‘Quinta das Celebridades’, na segunda-feira, porque queria ir ao Congresso do PPM, onde o irmão, Nuno, seria candidato à presidência.
A Endemol tentou desdramatizar a fuga, fazendo entender que Gonçalo da Câmara Pereira tinha ido atrás de uma galinha. Segundo uma fonte próxima do concorrente, a sua presença no Congresso consta numa cláusula do contrato assinado com a Endemol, mas este direito não terá sido cumprido"

Resta acrescentar o autor da fuga das galinhas é agora o vice-presidente do PPM, o número dois, portanto, do irmão!
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